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[[File:Victor Meirelles - O NAUFRÁGIO DA MEDUSA, circa 1857-1858 - cópia de T. Gericault.jpg|thumb|''O Naufrágio da Medusa'', c. 1857-1858, cópia de original de [[Théodore Géricault]]. Museu Victor Meirelles.]]
 
Aos 21 anos incompletos, Victor Meirelles desembarcou em [[Le Havre|Havre]], na [[França]], em junho de 1853. Passou brevemente por [[Paris]] e em seguida estabeleceu-se em [[Roma]], seu destino original. Lá conheceu dois outros alunos da Academia que também faziafaziam seu aperfeiçoamento, [[Agostinho da Motta]] e [[Jean Leon Pallière]], que o introduziram no ambiente artístico da cidade e o orientaram sobre quais mestres deveria procurar. A princípio entrou na classe de [[Tommaso Minardi]], que, a despeito de sua fama, seguia um método austero demais, onde os alunos permaneciam excessivamente subordinados aos preceitos, sem oportunidade de desenvolverem ideias próprias. Então abandonou a classe e se matriculou no atelierateliê de {{ill|en|Nicola_ConsoniNicola Consoni}}, membro da [[Academia de São Lucas]]. Consoni também era rigoroso, mas Meirelles aproveitou bem as sessões de modelo vivo, imprescindíveis para o refinamento do desenho anatômico da figura humana, elemento essencial no gênero da pintura histórica, o mais prestigiado no sistema acadêmico. Paralelamente, exercitava-se na aquarela e entrava em contato com o vasto acervo de arte antiga da capital italiana. Numa segunda etapa, transferiu-se para [[Florença]], conhecendo os museus locais e sendo fortemente impressionado pela arte de [[Veronese]]. Como estudo copiou obras do mestre, bem como de outras figuras destacadas, como [[Ticiano]], [[Tintoretto]] e [[Lorenzo Lotto]]. Como era exigido pela Academia, regularmente enviava para o Brasil suas obras e cópias como prova de seu progresso. Seu rendimento era tão bom que o governo brasileiro decidiu renovar em 1856 sua bolsa de estudos por mais três anos, além de indicar ao artista uma lista de novos estudos específicos que ele deveria cumprir.<ref name="Makowiecky"/><ref name="Mallmann"/><ref name="FRANZ"/>
 
Desta forma, em 1856 seguiu para [[Milão]] e logo depois para Paris. Tentou, segundo recomendação de [[Araújo Porto-Alegre]], na época diretor da Academia e seu principal mentor, ser admitido como aluno de [[Paul Delaroche]], mas o mestre repentinamente faleceu. Assim precisou buscar outra orientação, encontrando-a em [[Léon Cogniet]], pintor [[Pintura do romantismo|romântico]] igualmente celebrado, membro da [[École des Beaux Arts|Escola de Belas Artes de Paris]] e uma referência para os estrangeiros que iam estudar na Europa.<ref name="Boppré">Boppré, Fernando C. [http://www.dezenovevinte.net/800/tomo2/files/oitocentos%20tomo%202.pdf "Victor Meirelles: quando ver é perder"]. In: Valle, Arthur & Dazzi, Camila (orgs.). ''Oitocentos - Arte Brasileira do Império à República - Tomo 2''. EDUR-UFRRJ / DezenoveVinte, 2010, pp. 251-266</ref> Em seguida estudou com [[André Gastaldi]], que possuía quase a mesma idade que Meirelles, mas que tinha uma visão mais avançada sobre a arte e lhe deu importante instrução sobre cores. Sua rotina, segundo relatos, era quase monástica, dedicando-se integralmente à arte, e novamente seus estudos foram considerados tão bons que sua bolsa de estudos foi prorrogada outra vez, por mais dois anos. Nesta época sua produção era numerosa, destacando-se entre todas suas obras ''[[A Primeira Missa no Brasil]]'', executada entre 1858 e 1861, que lhe valeu espaço e elogios no prestigioso [[Salão de Paris]] de 1861, um feito inédito para artistas brasileiros que repercutiu muito positivamente em sua terra.<ref name="Rubens"/><ref name="Mallmann"/><ref name="FRANZ"/>