Complexo de vira-lata: diferenças entre revisões

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{{quote2|Por "complexo de vira-lata" entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um [[narciso]] às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima.|Nelson Rodrigues}}
 
A expressão ''complexo de vira-lata'' (traduzida para "the mongrel complex") foi recuperada em 2004 pelo jornalista estadunidense Larry Rohter, que em [[Matéria (jornalismo)|matéria]] para o ''[[The New York Times]]'' sobre o [[programa nuclear brasileiro]], escreveu:
 
{{cquote|Escrevendo nos [[anos 1950]], o dramaturgo Nelson Rodrigues viu seus compatriotas afligidos por um senso de inferioridade, e cunhou a frase que os brasileiros hoje usam para descrevê-lo: "o complexo de vira-lata". O Brasil sempre aspirou a ser levado a sério como uma [[Grande potência|potência mundial]] pelos pesos-pesados, e portanto dói nos brasileiros que líderes mundiais possam confundir seu país com a [[Bolivia]], como [[Ronald Reagan]] fez uma vez, ou que desconsiderem uma nação tão grande - tem 180 milhões de pessoas - como "não sendo um país sério", como Charles de Gaulle fez.<ref>{{citar web |ultimo=Rohter |primeiro=Larry |autor-link=Larry Rohter |titulo=If Brazil Wants to Scare the World, It's Succeeding |url=http://www.nytimes.com/2004/10/31/weekinreview/31roht.html?ex=1256965200&en=37262794038df2bd&ei=5088&partner=rssnyt |publicado=The New York Times |data=31 de outubro de 2004 |acessodata=16 de novembro de 2007 |citacao=Writing in the 1950's, the playwright Nelson Rodrigues saw his countrymen as afflicted with a sense of inferiority, and he coined a phrase that Brazilians now use to describe it: "the mongrel complex." Brazil has always aspired to be taken seriously as a world power by the heavyweights, and so it pains Brazilians that world leaders could confuse their country with Bolivia, as Ronald Reagan once did, or dismiss a nation so large - it has 180 million people - as "not a serious country," as Charles de Gaulle did.}}</ref>{{Nota de rodapé|O diplomata brasileiro [[Carlos Alves de Souza Filho]] foi o verdadeiro autor da frase "O Brasil não é um país sério". Ele a teria pronunciado durante o episódio que envolveu Brasil e [[França]] conhecido como [[Guerra da Lagosta]]. Tal dito é incorretamente atribuído a [[Charles de Gaulle]].}}}}
 
O Brasil estaria assim, desejoso de ser reconhecido como igual no concerto das nações, mas tropeçaria sucessivamente em sua baixa [[auto-estima]], reforçada pelos incidentes [[Folclore|folclóricos]] acima relatados e outros do mesmo gênero ("a [[capital]] do Brasil é [[Buenos Aires]]", "os brasileiros falam [[língua espanhola|espanhol]]" etc) sucessivamente cometidos pela [[mídia]] e autoridades estrangeiras.
 
== Origens ==
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== Reproduções extemporâneas ==
O ex-ministro das Relações Exteriores, [[Celso Amorim]], reafirmou repetidas vezes, com foco na Política Externa, que um setor da população brasileira mantém ainda o traço psicológico do complexo de vira-lata.<ref>{{Citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/politica/a-obsessao-e-o-complexo-de-vira-lata |título=O complexo de vira-lata |autor=AMORIM, Celso |publicado=Carta Capital}}</ref>
 
A expressão ''complexo de vira-lata'' (traduzida para "the mongrel complex") foi recuperada em 2004 pelo jornalista estadunidense Larry Rohter, que em [[Matéria (jornalismo)|matéria]] para o ''[[The New York Times]]'' sobre o [[programa nuclear brasileiro]], escreveu:
 
{{cquote|Escrevendo nos [[anos 1950]], o dramaturgo Nelson Rodrigues viu seus compatriotas afligidos por um senso de inferioridade, e cunhou a frase que os brasileiros hoje usam para descrevê-lo: "o complexo de vira-lata". O Brasil sempre aspirou a ser levado a sério como uma [[Grande potência|potência mundial]] pelos pesos-pesados, e portanto dói nos brasileiros que líderes mundiais possam confundir seu país com a [[Bolivia]], como [[Ronald Reagan]] fez uma vez, ou que desconsiderem uma nação tão grande - tem 180 milhões de pessoas - como "não sendo um país sério", como Charles de Gaulle fez.<ref>{{citar web |ultimo=Rohter |primeiro=Larry |autor-link=Larry Rohter |titulo=If Brazil Wants to Scare the World, It's Succeeding |url=http://www.nytimes.com/2004/10/31/weekinreview/31roht.html?ex=1256965200&en=37262794038df2bd&ei=5088&partner=rssnyt |publicado=The New York Times |data=31 de outubro de 2004 |acessodata=16 de novembro de 2007 |citacao=Writing in the 1950's, the playwright Nelson Rodrigues saw his countrymen as afflicted with a sense of inferiority, and he coined a phrase that Brazilians now use to describe it: "the mongrel complex." Brazil has always aspired to be taken seriously as a world power by the heavyweights, and so it pains Brazilians that world leaders could confuse their country with Bolivia, as Ronald Reagan once did, or dismiss a nation so large - it has 180 million people - as "not a serious country," as Charles de Gaulle did.}}</ref>{{Nota de rodapé|O diplomata brasileiro [[Carlos Alves de Souza Filho]] foi o verdadeiro autor da frase "O Brasil não é um país sério". Ele a teria pronunciado durante o episódio que envolveu Brasil e [[França]] conhecido como [[Guerra da Lagosta]]. Tal dito é incorretamente atribuído a [[Charles de Gaulle]].}}}}
 
O Brasil estaria assim, desejoso de ser reconhecido como igual no concerto das nações, mas tropeçaria sucessivamente em sua baixa [[auto-estima]], reforçada pelos incidentes [[Folclore|folclóricos]] acima relatados e outros do mesmo gênero ("a [[capital]] do Brasil é [[Buenos Aires]]", "os brasileiros falam [[língua espanhola|espanhol]]" etc) sucessivamente cometidos pela [[mídia]] e autoridades estrangeiras.
 
== Ver também ==