Guerra Polaco-Soviética: diferenças entre revisões

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{{Info/Guerra
| conflito = Guerra Polaco-Soviética
| imagem = [[Ficheiro:Polish-soviet war montage.jpg|250px300px]]
| legenda =
| data = [[14 de fevereiro]] de [[1919-]] – [[18 de março]] de [[1921]]
| local = [[Europa Central]] e [[Europa Oriental|Oriental]]
| resultado = ReconhecimentoVitória dapolonesa; Independência[[Paz dade PolôniaRiga]]
*A [[Polônia]] toma o controle da [[Ucrânia Ocidental]] e da [[Bielorrússia Ocidental]]
|combatente1={{flagicon|Poland}} [[Segunda República Polonesa]]<br />
*Os [[União Soviética|Soviéticos]] tomam o controle da [[Ucrânia Oriental]] e da [[Bielorrússia Oriental]]
{{flagicon image|Flag of Ukrainian People's Republic 1917.svg}} [[República Popular da Ucrânia]]
| combatente1 = {{POLb}} [[Segunda República Polonesa|Polônia]]<br />[[Ficheiro:Flag of Ukrainian People's Republic 1917.svg|borda|22px]] [[República Popular da Ucrânia]]<br />{{LVA}}<br />[[Ficheiro:Flag of Belarus (1918, 1991–1995).svg|borda|22px]] [[República Popular Bielorrussa]]
|combatente2={{flagicon image|Flag RSFSR 1918.svg}} [[República Socialista Federativa Soviética Russa]] <br />{{flagicon image|Flag_of_the_Ukrainian_SSR_(1929-1937).svg}} [[República Socialista Soviética da Ucrânia]]
| combatente2 = [[Ficheiro:Flag RSFSR 1918.svg|borda|22px]] [[República Socialista Federativa Soviética Russa|Rússia Soviética]]<br />[[Ficheiro:Flag_of_the_Ukrainian_SSR_(1929-1937).svg|borda|22px]] [[República Socialista Soviética da Ucrânia|Ucrânia Soviética]]<br />[[Ficheiro:Flag of the Byelorussian Soviet Socialist Republic (1951–1991).svg|borda|22px]] [[República Socialista Soviética da Bielorrússia|Bielorrússia Soviética]]<br />[[Ficheiro:Socialist red flag.svg|borda|22px]] [[Poloneses]] [[Comunismo|comunistas]]
|comandante1={{flagicon|Poland}} [[Józef Piłsudski]] <br /> {{flagicon|Poland}} [[Tadeusz Jordan-Rozwadowski|Tadeusz Rozwadowski]] <br /> {{flagicon|Poland}} [[Edward Rydz-Śmigły]] <br /> {{flagicon|Poland}} [[Władysław Sikorski]]<br /> {{flagicon image|Flag of Ukrainian People's Republic 1917.svg}} [[Symon Petliura]]
|comandante2 comandante1 = {{flagicon image|Flag RSFSR 1918.svgPoland}} [[LeonJózef TrotskyPiłsudski]] <br /> {{flagicon image|Flag RSFSR 1918.svgPoland}} [[MikhailTadeusz TukhachevskyJordan-Rozwadowski|Tadeusz Rozwadowski]] (Frente Ocidental)<br /> {{flagicon image|Flag RSFSR 1918.svgPoland}} [[JosephEdward StalinRydz-Śmigły]] (Front [[Lviv]]/[[Lwów]])<br /> {{flagicon image|Flag RSFSR 1918.svgPoland}} [[AlexanderWładysław Ilyich YegorovSikorski]] (Frente Sudoeste)<br /> {{flagicon image|Flag RSFSRof 1918Ukrainian People's Republic 1917.svg}} [[SemyonSymon BudyonnyPetliura]]
| comandante2 = {{flagicon image|Flag RSFSR 1918.svg}} [[Leon Trotsky]]<br /> {{flagicon image|Flag RSFSR 1918.svg}} [[Mikhail Tukhachevsky]] (Frente Ocidental)<br /> {{flagicon image|Flag RSFSR 1918.svg}} [[Joseph Stalin]] (Front [[Lviv]]/[[Lwów]])<br /> {{flagicon image|Flag RSFSR 1918.svg}} [[Alexander Ilyich Yegorov]] (Frente Sudoeste)<br /> {{flagicon image|Flag RSFSR 1918.svg}} [[Semyon Budyonny]]
|força1= ~50,000 início de 1919 para ~738,000 em agosto de 1920
|força2 força1 = [[Circa|~50,]] 70 000 no início de 1919; para738 000 – 1 000 800,000 no verão de 1920
| força2 = ~ 50 000 no início de 1919; ~ 950 000 em agosto de 1920
|vítimas1= 48,000 mortos
| vítimas1 = 47 000 mortos<br />113 518 feridos<br />51 351 aprisionados
|vítimas2= 60,000 mortos}}
| vítimas2 = 67 000 – 70 000 mortos<br />80 000 – 157 000 aprisionados
 
| campanha = Guerras Polaco-Russo
A '''Guerra''' {{PEPB|Polaco-Soviética|Polonesa-Soviética}} foi um [[Guerra|conflito armado]] envolvendo a [[República Socialista Federativa Soviética da Rússia|Rússia Soviética]] e a [[Polónia]] de fevereiro de [[1919]] a março de [[1921]].
}}
A '''Guerra''' {{PEPB|Polaco-Soviética|Polonesa-Soviética}} foi um [[Guerra|conflito armado]] envolvendo a [[República Socialista Federativa Soviética da Rússia|Rússia Soviética]] e a [[Polônia]] de fevereiro de [[1919]] a março de [[1921]]. O objetivo do ataque soviético foi tentar expandir o comunismo para a Europa Central, passando pelo território polonês primeiro. A guerra seguiu como um impasse até a vitória da Polônia na [[Batalha de Varsóvia (1920)|Batalha de Varsóvia]], em agosto de 1920. Em março do ano seguinte, foi firmado a [[Paz de Riga]], com ganhos territoriais limitados para ambos os lados.<ref>{{citar livro|url= |último=Davies |primeiro=Norman Richard |autorlink=Norman_Davies |título=White Eagle, Red Star: the Polish-Soviet War, 1919–20 |edição=New |publicado=Pimlico / Random House Inc. |ano=2003 |anooriginal=1972 |local=New York |isbn=978-0-7126-0694-3}}</ref>
 
==História==
Durante 123 anos a [[Polônia]] ficou subjugada pelo [[Império Alemão]], [[Monarquia de Habsburgo]] e [[Império Russo]]. Então, após a [[Primeira Guerra Mundial]], os países vencedores ([[Tríplice Entente]]) decidiram restaurar a independência do país.<ref name=":0">{{cite book|title=Przegrane zwycięstwo. Wojna polsko-bolszewicka 1918–1920|last=Chwalba|first=Andrzej|date=2020|publisher=Wydawnictwo Czarne|isbn=978-83-8191-059-0|author-link=Andrzej Chwalba|language=pl|trans-title=The Lost Victory: Polish–Bolshevik War 1918–1920|location=Wołowiec}}</ref><ref name=":1">{{cite book|title=Historia Polski XX wieku|last=Czubiński|first=Antoni|date=2012|publisher=Wydawnictwo Nauka i Innowacje|isbn=978-83-63795-01-6|author-link=Antoni Czubiński|language=pl|trans-title=The History of 20th Century Poland|location=Poznań}}</ref><ref name=":2">{{cite book|title=Stalin. Twórca i dyktator supermocarstwa|last=Duraczyński|first=Eugeniusz|date=2012|publisher=Akademia Humanistyczna im. Aleksandra Gieysztora|isbn=978-83-7549-150-0|author-link=:pl:Eugeniusz Duraczyński|language=pl|trans-title=Stalin: the creator and dictator of a superpower|location=Pułtusk-Warszawa}}</ref><ref name=":3">{{Cite book|title=Wojna 1920 na Mazowszu i Podlasiu|last=Szczepański|first=Janusz|publisher=Wyższa Szkoła Humanistyczna / Gryf|isbn=978-83-86643-30-1|author-link=:pl:Janusz Szczepański|language=pl|trans-title=War of 1920 in Mazovia and Podolia)|year=1995}}</ref><ref name=":4">{{Cite book|title=White Eagle, Red Star: the Polish-Soviet War, 1919–20|last=Davies|first=Norman|publisher=[[St. Martin's Press]], Inc.|isbn=0-7126-0694-7|year=|edition=First|location=New York|author-link=Norman Davies|orig-date=}}</ref>
Por 123 anos a [[Polônia]] ficou subjugada pelo [[Império Alemão]], [[Monarquia de Habsburgo]] e [[Império Russo]]. Então, após a [[Primeira Guerra Mundial]], os países vencedores ([[Tríplice Entente]]) decidiram restaurar a independência do país.
 
Logo estourou a [[Revolta na Grande Polônia (1918-1919)|Revolta na Grande Polônia]], na qual militares revoltam-se contra os alemães que ocupavam a parte oeste do país,. queEstes, sem condições para reprimir a revolta e com uma revolução comunista que deveria ser detida em seu país, retiraram as suas tropas da região.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
Finalmente a Polônia ressurgiu, proclamando a criação da [[Segunda República da Polônia]], onde, pelo [[Tratado de Versalhes]], a Alemanha teve que entregar à Polônia a cidade portuária de [[DanzigDanzigue]].<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
==A Guerraguerra==
[[FicheiroImagem:Polish-soviet propaganda poster 1920 Polish.jpg|thumb|Propaganda polonesa contra os bolcheviques]]
Na [[Rússia]], desde a tomada do poder pelos [[bolcheviques]], [[Vladimir Lênin]] desejava instaurar regimes socialistas em toda a [[Europa]] e, aproveitando as greves e revoltas comunistas na Alemanha, começouviu ana planejar a invasãoconquista da Polônia. Emuma 1919,ponte para que o [[Exército Branco]]Vermelho estavapudesse sofrendovir váriosem reveses,auxílio osdestes comunistasmovimentos.<ref estavamname="ZAMOYSKI">ZAMOYSKI, vencendoAdam. aVarsóvia [[Guerra1920. Civil Russa]] eRecord, com os ânimos exaltados nas cidades alemãs desde a derrota na guerra e a abdicaçãoRio de [[GuilhermeJaneiro, II da Alemanha|Guilherme II]]2013, os comunistas conseguiam se fortalecer. Lênin então ordena a invasão da Polôniap.15-24</ref>
 
A Polônia então recruta urgentemente novas tropas, compra armas e envia diplomatas para conseguir apoio de outros países e da [[Liga das Nações]].
Do lado polonês, a [[Guerra Civil Russa]], de resultado ainda incerto, causava insegurança quanto às fronteiras orientais da Polônia. [[Józef Piłsudski]], chefe de estado polonês, viu nesta instabilidade a oportunidade para expandir as fronteiras do jovem estado e, talvez, criar uma federação com a [[Ucrânia]] e os países do [[Báltico]].<ref name="ZAMOYSKI" />
[[Ficheiro:Breguet 14 Kiew.jpg|thumb|left|Avião polonês durante a Ofensiva de Kiev]]
 
A [[República Popular da Ucrânia]], sob a liderança de [[Symon Petliura]], decide apoiar os poloneses fornecendo apoio logístico além de aeródromos e estradas com o propósito de também expulsar os comunistas que haviam invadido a [[Ucrânia]] durante a Guerra Civil Russa para instalar uma república socialista. Os polaco-ucranianos conseguem avançar e lançam a [[Ofensiva de Kiev]], num grande ataque para reconquistar a capital ucraniana e derrubar o governo comunista, entretanto o ataque fracassa e logo as tropas polacas e ucranianas sofrem terríveis reveses.
Em 1919, o [[Exército Branco]] estava sofrendo vários reveses, os comunistas estavam vencendo a [[Guerra Civil Russa]] e, com os ânimos exaltados nas cidades alemãs desde a derrota na guerra e a abdicação do ''[[kaiser]]'' [[Guilherme II da Alemanha|Guilherme II]], os comunistas conseguiam se fortalecer. Lênin então ordenou a invasão da Polônia.
No campo diplomático, os poloneses conseguiram, apesar da insatisfação do primeiro-ministro [[Lloyd George]], o apoio britânico, que promoveu embargos econômicos à Rússia e à [[França]]. O [[Reino Unido]] decide assinar uma aliança com os polacos e envia o [[Exército Azul]], comandado pelo General [[Joséf Haller]], que continha oficias franceses para auxiliar os polacos (dentre eles estava [[Charles de Gaulle]]). Além disso, vários soldados e pilotos de vários outros países também foram socorrer os poloneses.
 
A jovem Polônia estava com dificuldades de receber as armas. A [[Hungria]] havia enviado uma grande quantidade de armamentos, mas a [[Tchecoslováquia]] recusava-se a permitir a passagem do material, que só foi feito de modo clandestino. A Polônia tentou aliar-se à [[Lituânia]], mas esta preferiu se aliar aos bolcheviques, pois temia ser anexada futuramente pela Polônia, que desejava reconquistar os antigos territórios que pertenciam à [[República das Duas Nações]], nos séculos XVII e XVIII. Isso ocasionou a [[Guerra polaco-lituana]], e, apesar da perda da capital [[Vilnius]] para a Polônia, os lituanos conseguiram a sua independência e as relações diplomáticas entre os dois países só foi restabelecida em 1938.
A Polônia então recrutou urgentemente novas tropas, comprou armas e enviou diplomatas para conseguir apoio de outros países e da [[Liga das Nações]].<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
[[Imagem:Breguet 14 Kiew.jpg|thumb|left|Avião polonês durante a Ofensiva de Kiev]]
A [[República Popular da Ucrânia]], sob a liderança de [[Symon Petliura]], decidiu apoiar os poloneses fornecendo apoio logístico além de aeródromos e estradas com o propósito de também expulsar os comunistas que haviam invadido a [[Ucrânia]] durante a Guerra Civil Russa para instalar uma república socialista. Os polaco-ucranianos conseguiram avançar e lançaram a [[Ofensiva de Kiev]], num grande ataque para reconquistar a capital ucraniana e derrubar o governo comunista. Entretanto o ataque fracassou e logo as tropas polacas e ucranianas sofreram terríveis reveses.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
No campo diplomático, os poloneses conseguiram, apesar da insatisfação do primeiro-ministro britânico [[Lloyd George]], o apoio do [[Reino Unido]], que promoveu embargos econômicos à Rússia. A França também decidiu assinar uma aliança com os polacos e enviou o [[Exército Azul]], comandado pelo general [[Joséf Haller]], que continha oficiais franceses para auxiliar os polacos (dentre eles estava [[Charles de Gaulle]]). Além disso, vários soldados e pilotos de vários outros países também foram socorrer os poloneses.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
A jovem Polônia estava com dificuldades de receber as armas. A [[Hungria]] havia enviado uma grande quantidade de armamentos, mas a [[Tchecoslováquia]] recusava-se a permitir a passagem do material, que só foi feito de modo clandestino. A Polônia tentou aliar-se à [[Lituânia]], mas esta preferiu se aliar aos bolcheviques, pois temia ser anexada futuramente pela Polônia, que desejava reconquistar os antigos territórios que pertenciam à [[República das Duas Nações]], nos séculos XVII e XVIII. Isso ocasionou a [[Guerra polaco-lituana]], e, apesar da perda da capital [[Vilnius]] para a Polônia, os lituanos conseguiram a sua independência e as relações diplomáticas entre os dois países só foi restabelecida em 1938.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
==A Batalha de Varsóvia==
[[FicheiroImagem:Jozef Pilsudski1.jpg|thumb|left|Józef Piłsudski]]
Em cinco semanas o exército polonês recuou cerca de 500 quilômetros, destroçando o moral da tropa e espalhando o pânico na sociedade. No início de agosto os russos capturaram Brest, atravessando o [[rio Bug]] e rompendo a penúltima linha de defesa na direção de [[Varsóvia]].<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
A [[Batalha de Varsóvia (1920)|Batalha de Varsóvia]] ([[13 de agosto|13]] a [[25 de agosto]] de [[1920]]) marcou o ponto de virada a favor das [[forças armadas polacas]]. O estadista e General [[Józef Piłsudski]] decidiu retirar as forças polacas para o [[Rio Vístula]] e lá resistirem ao ataque soviético, com o apoio dos generais [[Władysław Sikorski]] e [[Joséf Haller]] que deveriam atacar o Norte por trás de Varsóvia e resistir entrincheirado ao ataque inimigo, respectivamente. Enquanto no centro, o exército de Piłsudski atacaria um ponto fraco descoberto pelo serviço de inteligência polaca que interceptou mensagens de rádio e as decodificou. O [[Exército Vermelho]] comandado pelo jovem general [[Mikhail Tukhachevsky]] avançava já cantando vitória, assim que conquistasse a Polônia, diziam eles, logo rumariam para a Alemanha, França, Inglaterra e toda a Europa. A Polônia apelou ao mundo declarando que só ela poderia impedir o avanço comunista, com isso consegue mais apoio.
 
Quando os soviéticos chegaram no Vístula, perto de Varsóvia, os poloneses de Piłsudski atacaram enquanto os de Haller resistiram aos sovieticos, depois de alguns dias, os polacos fecharam o cerco ao Exército Vermelho empurrando-o até a fronteira com a [[Prússia Oriental]], onde esmagaram definitivamente os comunistas e salvaram a Europa do perigo vermelho.
A [[Batalha de Varsóvia (1920)|Batalha de Varsóvia]] (13 a 25 de agosto de 1920) marcou o ponto de virada a favor das [[Forças Armadas Polacas|forças armadas polacas]]. O estadista e general [[Józef Piłsudski]] decidiu retirar as forças polacas para o [[rio Vístula]] e lá resistirem ao ataque soviético, com o apoio dos generais [[Władysław Sikorski]] e [[Joséf Haller]] que deveriam atacar o Norte por trás de Varsóvia e resistir entrincheirado ao ataque inimigo, respectivamente. Enquanto no centro, o exército de Piłsudski atacaria um ponto fraco descoberto pelo serviço de inteligência polaca que interceptou mensagens de rádio e as decodificou. O [[Exército Vermelho]] comandado pelo jovem general [[Mikhail Tukhachevsky]] avançava já cantando vitória, assim que conquistasse a Polônia, diziam eles, logo rumariam para a Alemanha, França, Inglaterra e toda a Europa. A Polônia apelou ao mundo declarando que só ela poderia impedir o avanço comunista, com isso conseguiu mais apoio.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
Quando os soviéticos chegaram ao rio Vístula, perto de Varsóvia, os poloneses de Piłsudski atacaram enquanto os de Haller resistiram aos soviéticos, depois de alguns dias, os polacos fecharam o cerco ao [[Exército Vermelho]] empurrando-o até a fronteira com a [[Prússia Oriental]], onde esmagaram definitivamente os comunistas e afastaram a Europa do avanço revolucionário.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
==Fim da guerra==
[[Ficheiro:Wilno 1919 Piłsudski.jpg|miniaturadaimagem|Representação na frente de batalha da guerra]]
Após a vitória em Varsóvia, também chamada de Milagre no Vístula, os polacos retomaram a ofensiva reconquistando antigos territórios. Diante do fracasso, Lênin decide acabar com a guerra assinando o [[Tratado de Riga]], que reconhecia a independência da Polônia. Entretanto, os polacos não conseguem expulsar os bolcheviques da Ucrânia, que torna-se uma república socialista, e Symon Petliura e os membros do antigo governo exilam-se na França. A Polônia aumenta significamente seu território, iniciando um período de rápido desenvolvimento. O Marechal Józef Piłsudski torna-se, em 1926, após um golpe de Estado, ditador. Mesmo assim, adquire a simpatia do povo, que o chamava carinhosamente de ''Vovô'' ou ''O Marechal'', tornando-se no herói polonês.
Após a vitória em [[Varsóvia]], também chamada de "Milagre no Vístula", os polacos retomaram a ofensiva reconquistando antigos territórios. Diante do fracasso, Lênin decidiu acabar com a guerra assinando o [[Tratado de Riga]], que reconhecia a independência da Polônia. Entretanto, os polacos não conseguiram expulsar os bolcheviques da [[Ucrânia]], que se tornou então uma [[República Soviética da Ucrânia|república soviética]], e Symon Petliura e os membros do antigo governo exilaram-se na [[França]].<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
A Polônia aumentou significativamente seu território, iniciando um período de rápido desenvolvimento. O marechal [[Józef Piłsudski]] tornou-se, em 1926, após um [[golpe de Estado]], ditador. Adquiriu a simpatia do povo, que o chamava carinhosamente de ''Vovô'' ou ''O Marechal'', tornando-se um herói polonês.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
=={{Ver também}}==
 
== Prisioneiros, crimes de guerra e outras controvérsias ==
De acordo com fontes citadas por Chwalba, dos 80 a 85 mil prisioneiros de guerra soviéticos, 16 a 20 mil morreram no cativeiro polonês. Dos 51 mil presos poloneses, 20 mil morreram. A prática de matar desproporcionalmente oficiais comissionados poloneses continuou na Segunda Guerra Mundial, quando uma série de execuções conhecidas como o [[massacre de Katyn]] ocorreu.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
A guerra e suas consequências resultaram em controvérsias, como a situação dos prisioneiros de guerra na [[Polônia]] e na Rússia e Lituânia soviéticas, tratamento da população civil, ou o comportamento de alguns comandantes, incluindo Semyon Budyonny, Hayk Bzhishkyan, Stanisław Bułak-Bałachowicz, e Vadim Yakovlev. Os [[Pogrom|pogroms]] relatados de judeus pelos militares poloneses fizeram com que os [[Estados Unidos]] enviassem uma comissão, liderada por [[Henry Morgenthau Sr.|Henry Morgenthau]], para investigar o assunto.<ref>Joanna Beata Michlic, ''Poland's Threatening Other: The Image of the Jew from 1880 to the Present'', University of Nebraska Press, 2006, ISBN 978-0-8032-3240-2</ref><ref>Babel, Isaac (2002). ''1920 Diary''. Yale University Press. p. 84. ISBN 978-0-300-09313-1</ref><ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20110721071800/http://rovs.atropos.spb.ru/index.php?view=person&mode=text&id=42|titulo=Булак-Балахович Станислав Никодимович (Михайлович) , генерал-майор|data=2011-07-21|acessodata=2024-02-12|website=web.archive.org}}</ref><ref>Chwalba, Andrzej (2020). ''Przegrane zwycięstwo. Wojna polsko-bolszewicka 1918–1920'' [''The Lost Victory: Polish–Bolshevik War 1918–1920''] (in Polish). Wołowiec: Wydawnictwo Czarne. ISBN 978-83-8191-059-0</ref>
 
== Desenvolvimento de uma estratégia militar ==
A Guerra polaco-soviética influenciou a doutrina militar polonesa; sob a liderança de Piłsudski, enfatizou a mobilidade das unidades de cavalaria de elite. Também influenciou Charles de Gaulle, que era um instrutor do exército polonês com uma patente de major e lutou em várias das batalhas, incluindo a [[Batalha de Varsóvia (1939)|Batalha de Varsóvia]]. Ele e Sikorski previram corretamente, com base em suas experiências durante a guerra, a importância da manobra e da mecanização na próxima guerra. Embora não tivessem conseguido convencer seus respectivos estabelecimentos militares a dar ouvidos a essas lições durante o período entre guerras, durante a Segunda Guerra Mundial, eles subiram ao comando de suas respectivas forças armadas no exílio.<ref>Stanley S. Seidner, ''Marshal Edward Śmigły-Rydz Rydz and the Defense of Poland'', New York, 1978, ch, 5.</ref><ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20120205175847/http://web.ku.edu/~eceurope/hist557/lect11.htm|titulo=Anna M|data=2012-02-05|acessodata=2024-02-12|website=web.archive.org}}</ref>
 
== Consequências e legado ==
Apesar da retirada final das forças soviéticas e da aniquilação de três exércitos de campo soviéticos, os [[historiadores]] não concordam universalmente sobre a questão da vitória. [[Lenin|Lênin]] falou de uma grande derrota militar sofrida pela Rússia soviética. Sebestyen escreveu: "Os poloneses derrotaram e envergonharam fortemente o Estado soviético – um dos maiores reveses de Lênin". O conflito, no entanto, também é visto como uma vitória militar para a Polônia, juntamente com uma derrota política. Na [[Paz de Riga]], a Polônia desistiu formalmente de suas ambições de ajudar a construir a Ucrânia e [[Belarus]] independentes. A [[Ucrânia Ocidental|Ucrânia ocidental]] e a Bielorrússia ocidental tornaram-se partes da Polônia, que reconheceu os dois países (geograficamente, suas partes central e oriental) como estados e dependências de [[Moscou]]. Os países idealizados por Piłsudski como membros da federação ''Intermarium'' liderada pela Polônia tinham, em vez disso, sob Lenin e Stalin, se incorporado à [[União Soviética]].<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
No outono de 1920, ambos os combatentes perceberam que não poderiam obter uma vitória militar decisiva. Internamente, o recém-restabelecido Estado polonês havia provado sua viabilidade, já que a esmagadora maioria de seu povo contribuiu para a defesa do país e se mostrou insensível aos apelos bolcheviques para se juntar à revolução. Quanto aos protagonistas, nenhum dos dois foi capaz de realizar seu objetivo principal. Para Piłsudski, era para recriar de alguma forma a [[República das Duas Nações]]. Para Lênin, causar a queda do edifício capitalista na Europa, facilitando processos revolucionários em Estados-chave da [[Europa Ocidental]].<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
Historiadores russos e poloneses tendem a atribuir a vitória a seus respectivos países. As avaliações externas variam principalmente entre chamar o resultado de vitória polonesa ou inconclusivo. Os poloneses reivindicaram uma defesa bem-sucedida de seu Estado, mas os soviéticos reivindicaram uma repulsa à invasão polonesa da Ucrânia e Belarus, que eles viam como parte da intervenção aliada na Guerra Civil Russa. Alguns historiadores militares britânicos e americanos argumentam que o fracasso soviético em destruir o Exército polonês acabou com as ambições soviéticas de revolução internacional.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
Andrzej Chwalba enumera uma série de maneiras pelas quais a vitória militar polonesa na realidade acabou sendo uma perda (o ''status quo'' fundamental – a existência soberana da Polônia – foi preservado). A percepção da Polônia como agressora prejudicou a reputação do país. Historiadores e publicitários, tanto no Ocidente como no Oriente, têm apresentado a política oriental do país em termos negativos, como irresponsável e aventureira. Em 1920 e suas consequências, provavelmente centenas de milhares de pessoas morreram sem qualquer ganho territorial ou político para a Polônia.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
Depois de assinar o armistício com a Polônia em outubro de 1920, os soviéticos transferiram tropas para a Crimeia e atacaram o istmo de Perekop. O Exército Branco de [[Pyotr Wrangel]] acabou derrotado lá. Em 14 de novembro, 83 000 soldados e civis foram evacuados a bordo de navios franceses e russos para Istambul (o governo britânico se recusou a fornecer qualquer assistência), enquanto 300 000 colaboradores brancos foram deixados para trás. O [[Exército Vermelho]] então desviou suas tropas para a região de [[Tambov]], no centro da Rússia, para esmagar uma revolta camponesa antibolchevique.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
Em setembro de 1926, o [[Pacto de não agressão soviético-lituano|Pacto de Não-Agressão Soviético-Lituano]] foi assinado. Os soviéticos renovaram seu reconhecimento da reivindicação lituana para a área de Vilnius. Em 1939, após a invasão soviética da Polônia, Stalin deu Vilnius à Lituânia. Em 1940, a Lituânia foi incorporada à União Soviética como uma república soviética. Este arranjo, interrompido pela ocupação alemã da Lituânia em 1941-44, durou até a restauração do Estado independente lituano em 1990. Sob a República Socialista Soviética da Lituânia, Vilnius tornou-se uma cidade dominada por lituanos étnicos.<ref>Timothy Snyder, ''The Reconstruction of Nations: Poland, Ukraine, Lithuania, Belarus, 1569–1999'', pp. 90–98.</ref>
 
Após a invasão soviética da Polônia em setembro de 1939, a partição da Bielorrússia e da Ucrânia terminou em termos soviéticos. Após a Operação Barbarossa e a ocupação pela Alemanha nazista, a União Soviética retornou em 1944 e as duas repúblicas soviéticas recuperaram permanentemente o que havia sido o "Kresy" polonês de 1920 a 1939. Desde os ajustes pós-Segunda Guerra Mundial, as fronteiras das repúblicas permaneceram estáveis, exceto pela transferência da Crimeia em 1954 da [[RSFS Russa|RSFS russa]] para a [[República Socialista Soviética da Ucrânia|RSS ucraniana]]. As fronteiras das repúblicas soviéticas foram preservadas como fronteiras da [[Bielorrússia]] e da [[Ucrânia]] independentes após a dissolução da União Soviética.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, o tema das fronteiras orientais da Polônia foi reaberto e discutido na Conferência de Teerã. Winston Churchill argumentou a favor da Linha Curzon de 1920 em vez da Paz de Riga, e um acordo entre os Aliados para esse efeito foi alcançado na [[Conferência de Yalta]] em 1945. Os Aliados Ocidentais, apesar de terem tratados de aliança com a Polônia e apesar da contribuição polonesa para a guerra, deixaram a Polônia dentro da esfera de influência soviética. Os Aliados permitiram que a Polônia fosse compensada pelas perdas territoriais no leste com a maior parte dos antigos territórios orientais da Alemanha. O arranjo pós-guerra imposto tornou-se conhecido por muitos poloneses como a traição ocidental.<ref name=":0" /><ref name=":1" /><ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4" />
 
Do final da Segunda Guerra Mundial até 1989, os comunistas mantiveram o poder na Polônia, e a Guerra polaco-soviética foi omitida ou minimizada nos livros de história da Polônia e de outros países do bloco soviético, ou foi apresentada como uma intervenção estrangeira durante a Guerra Civil Russa.<ref>Marc Ferro, ''The Use and Abuse of History: Or How the Past Is Taught to Children'', Routledge, 2004, ISBN 978-0-415-28592-6</ref>
 
O tenente polonês [[Józef Kowalski]] foi o último veterano vivo da guerra. Ele foi condecorado com a [[Ordem da Polônia Restituta|Ordem da Polonia Restituta]] em seu 110º aniversário pelo presidente [[Lech Kaczyński]] da Polônia. Ele morreu em 7 de dezembro de 2013 com 113 anos.<ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20110928123401/http://www.prezydent.pl/archiwum/archiwum-aktualnosci/rok-2010/art,17,673,list-z-okazji-110-urodzin-jozefa-kowalskiego.html|titulo=Oficjalna strona Prezydenta Rzeczypospolitej Polskiej / Archiwum / Archiwum aktualności / Rok 2010 / List z okazji 110. urodzin Józefa Kowalskiego|data=2011-09-28|acessodata=2024-02-12|website=web.archive.org}}</ref>
 
==Ver também==
*[[História da Polónia]]
 
{{referências}}
{{commonscat|Polish-Soviet War}}
{{Revolução Russa}}
{{Conflitos armados envolvendo a União Soviética}}
 
=== Bibliografia ===
{{esboço-militar}}
 
* {{Cite book|title=Sąsiedzi wobec wojny 1920 roku. Wybór dokumentów.|last=Cisek|first=Janusz|publisher=Polish Cultural Foundation Ltd|isbn=978-0-85065-212-3|author-link=Janusz Cisek|language=pl|trans-title=Neighbors Attitude Towards the War of 1920. A collection of documents.|year=1990|location=London}}
* {{Cite book|title=White Eagle, Red Star: the Polish-Soviet War, 1919–20|last=Davies|first=Norman Richard|publisher=Pimlico / [[Random House]] Inc.|isbn=978-0-7126-0694-3|orig-year=1972|author-link=Norman Davies|edition=New|year=2003|location=New York|title-link=}}
* {{Cite book|title=Nad Wisłą i Wkrą. Studium do polsko–radzieckiej wojny 1920 roku|last=Sikorski|first=Władysław|publisher=Agencja Omnipress|isbn=978-83-85028-15-4|orig-year=1928|author-link=Władysław Sikorski|language=pl|trans-title=At Vistula and Wkra: Study of the Polish-Soviet War of 1920)|edition=latest|year=1991|location=Warsaw}}
* {{cite book|title=Wojna polsko-radziecka 1918-1920|last=Szcześniak|first=Andrzej Leszek|date=1989|publisher=Wydaw. Ośrodka Dokumentacji i Studiów Społecznych|isbn=83-7012-045-8|author-link=Andrzej Leszek Szcześniak|language=pl|trans-title=Polish-Soviet War 1918–1920|location=Warszawa}}
* {{cite book|title=The "Russian" Civil Wars 1916-1926. Ten Years That Shook the World|last=Smele|first=J. D.|publisher=[[C. Hurst & Co.]]|isbn=9781849047210|location=[[London]]|year=2015}}
 
== Leitura adicional ==
 
* Dąbrowski, Stanisław. "The Peace Treaty of Riga." ''The Polish Review'' (1960) 5#1: 3-34. [https://www.jstor.org/stable/25776284 Online]
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* Fiddick, Thomas C. ''Russia's Retreat from Poland, 1920'', Macmillan Press, 1990, {{ISBN|978-0-333-51940-0}}
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;
; Historiografia
 
* Drobnicki, J. A. (1997). [https://www.jstor.org/stable/25778970 The Russo-Polish War, 1919–1920: A Bibliography of Materials in English]. ''The Polish Review'', 42(1), 95–104.
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==== Polonês ====
 
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* Rozstworowski, Stanisław (ed.), ''Listy z wojny polsko-bolszewickiej'' (''Letters from the Polish-Bolshevik War''), Adiutor, 1995, {{ISBN|978-83-86100-11-8}}
 
==== Russo ====
 
* {{cite book|url=http://militera.lib.ru/research/meltyukhov2/index.html|title=Советско-польские войны. Военно-политическое противостояние 1918–1939 гг.|last=Meltyukhov|first=Mikhail|publisher=Вече (Veche)|isbn=978-5-699-07637-6|access-date=|author-link=Mikhail Meltyukhov|language=ru|trans-title=Soviet-Polish Wars. Political and Military standoff of 1918–1939)|location=Moscow|year=}}
{{refend}}
 
== Ligações externas ==
{{Wikiquote}}{{Commons category}}
 
* Centek, Jarosław: [https://encyclopedia.1914-1918-online.net/article/polish-soviet_war_1920-1921 Polish-Soviet War 1920–1921], in: [https://encyclopedia.1914-1918-online.net/home.html 1914–1918-online. International Encyclopedia of the First World War].
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* [http://www.press.uchicago.edu/Misc/Chicago/004430.html A Knock on the Door] – chapter three of Wesley Adamczyk's memoirs of the Polish-Soviet war ''When God Looked the Other Way''.
* [http://www.york.cuny.edu/~drobnick/russo.html The Russo-Polish War, 1919–1920: A Bibliography of Materials in English] by John A. Drobnicki. Originally Published in the Polish Review, XLII, no. 1 (Mar. 1997), 95–104.
{{Revolução Russa}}
{{Conflitos armados envolvendo a União Soviética}}{{authority control}}{{esboço-militar}}
 
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[[Categoria:Guerras envolvendo a União Soviética]]
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[[Categoria:Revolução Russa de 1917]]
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