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{{Info/Biografia
|nome = Brenda Lee
|nome_completoimagem =
|imagem = [[Ficheiro:Feira cultural LGBT 2009-27.JPG|260px|thumb|Quiosque da Casa de Apoio '''Brenda Lee''' na Feira Cultural LGBT de São Paulo, 2009]]
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|legenda =
|nome_completo = Cícero Caetano Leonardo<ref>{{citar web|url=https://claudia.abril.com.br/noticias/quem-foi-brenda-lee-transexual-homenageada-pelo-google/|título=Quem foi Brenda Lee, transexual homenageada pelo Google|publicado=[[Cláudia (revista)|Cláudia]]|data=18-02-2020|acessodata=24-06-2024|língua=pt-br}}</ref>
|nome_completo =
|data_nascimento = {{dnibrdni|10|1|1948|si|lang=br}}
|local_nascimento = [[Bodocó]], [[Pernambuco|PE]]
|data_morte = {{nowrap|{{morte|28|5|1996|10|1|1948|langnowrap=br}}s}}
|local_morte = [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[São Paulo (estado)|SP]]
|nacionalidade = [[brasileira]]
|ocupação = Militante[[ativista]] [[LGBT]]
}}
'''Brenda Lee''' ([[Bodocó]], [[10 de janeiro]] de [[1948]] [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[28 de maio]] de [[1996]]) foi uma militante [[transexual]] [[brasil]]eira dos [[direitos LGBT]]. Brenda foi considerada o «anjo da guarda das travestis» e tinha como objetivo ajudar a todos, doentes ou não, que eram discriminados pela sociedade.<ref name="Terra">{{citar web|url=https://www.terra.com.br/nos/memoria-trans-brenda-lee-anjo-da-guarda-das-travestis,b1ffd9361471e0a94aa749492c93b335ptvb3fvh.html|título=Memória Trans: Brenda Lee, 'anjo da guarda das travestis'|ultimo=Garcia|primeiro=Gabryella|website=Terra|data=30-11-2022|acessodata=24-06-2024|língua=pt-br}}</ref>
 
Seu trabalho tornou um referencial e um marco importante e, por isso, em [[21 de outubro]] de [[2008]] foi instituído o «''Prêmio Brenda Lee»'' concedido quinquenalmente para sete categorias por ocasião das comemorações do [[Dia Mundial de Combate à Aids]] e aniversário do Programa Estadual DST/Aids do Estado de São Paulo.<ref>{{citar web|titulotítulo=Portaria Interna PE-DST/Aids - 4, de 21 de outubro de 2008|url=ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2008/iels.out.08/iels201/E_PI-PE-DST-AIDS-4_211008.pdf|publicado=Diário Oficial do Estado de São Paulo| data=21 de outubro de -10-2008|acessodata=21 de setembro de -09-2010}}</ref><ref name="Terra"/>
'''Brenda Lee''' ([[Bodocó]], [[10 de janeiro]] de [[1948]] — [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[28 de maio]] de [[1996]]) foi uma militante [[transexual]] [[brasil]]eira dos [[direitos LGBT]]. Brenda foi considerada o «anjo da guarda das travestis» e tinha como objetivo ajudar a todos, doentes ou não, que eram discriminados pela sociedade.
 
== Biografia ==
Seu trabalho tornou um referencial e um marco importante e, por isso, em [[21 de outubro]] de [[2008]] foi instituído o «Prêmio Brenda Lee» concedido quinquenalmente para sete categorias por ocasião das comemorações do [[Dia Mundial de Combate à Aids]] e aniversário do Programa Estadual DST/Aids do Estado de São Paulo.<ref>{{citar web|titulo=Portaria Interna PE-DST/Aids - 4, de 21 de outubro de 2008|url=ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2008/iels.out.08/iels201/E_PI-PE-DST-AIDS-4_211008.pdf|publicado=Diário Oficial do Estado de São Paulo| data=21 de outubro de 2008|acessodata=21 de setembro de 2010}}</ref>
=== Primeiros anos ===
Nascida como '''Cícero Caetano Leonardo''' no interior de [[Pernambuco]],<ref name="Mem" >{{citar web|titulotítulo=Brenda Lee e o seu "Palácio das Princesas": A travesti que inaugurou o serviço de apoio aos homossexuais expulsos de casa e aos soropositivos|url=http://memoriamhb.blogspot.com/2009/11/brenda-lee-e-o-seu-palacio-das.html|autor=Rita Colaço|data=2009|acessodata=21 de setembro de -09-2010}}</ref> '''Brenda''' era muito efeminada ainda na infância, o que desde cedo lhe tornou alvo de preconceitos. Inicialmente adotou o [[nome social]] de '''Caetana''', mas ao se estabelecer em São Paulo escolheu o nome que a tornaria conhecida: '''Brenda Lee'''.<ref name="Mem" />
 
=== Militância ===
==Primeiros anos==
'''Brenda''' chegou a São Paulo aos catorze anos e tornou-se figura conhecida e festejada do bairro do [[Bixiga]]. Comprou uma casa nesse bairro e acolheu o primeiro portador do [[vírus HIV]] em [[1984]] numa época em que predominava muita desinformação e preconceito sobre a [[AIDS]], quando até mesmo os familiares rejeitavam quem sofria dessa doença e não havia infraestrutura para acolher quem recebia alta hospitalar e não tinha onde morar.<ref name="Terra"/><ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/5/31/cotidiano/26.html|título=Brenda veio de Bodocó|obra=[[Folha de S. Paulo]]|data=31-05-1996|acessodata=24-06-2024|língua=pt-br}}</ref>
Nascida como '''Cícero Caetano Leonardo''' no interior de [[Pernambuco]],<ref name="Mem" >{{citar web|titulo=Brenda Lee e o seu "Palácio das Princesas": A travesti que inaugurou o serviço de apoio aos homossexuais expulsos de casa e aos soropositivos|url=http://memoriamhb.blogspot.com/2009/11/brenda-lee-e-o-seu-palacio-das.html|autor=Rita Colaço|data=2009|acessodata=21 de setembro de 2010}}</ref> '''Brenda''' era muito efeminada ainda na infância, o que desde cedo lhe tornou alvo de preconceitos. Inicialmente adotou o [[nome social]] de '''Caetana''', mas ao se estabelecer em São Paulo escolheu o nome que a tornaria conhecida: '''Brenda Lee'''.<ref name="Mem" />
 
A «Casa de Apoio Brenda Lee», também conhecida como «Palácio das Princesas», foi instituída formalmente em [[1988]] para abrigar pessoas homossexuais e portadores de HIV rejeitados por parentes e também com o objetivo de dar assistência médica, social, moral e material, fossem elas [[travestiTravesti (identidade de gênero)|travestis]]s ou não.<ref name="AgAids" >{{citar web|titulo=Brenda Lee: Há 14 anos, Brasil perdia uma das pioneiras da luta contra a aids|url=http://www.agenciaaids.com.br/site/noticia.asp?id=14853|publicado=Agência de Notícia da AIDS|data=28 de maio de -05-2010 |acessodata=21 de setembro de -09-2010}}</ref><ref>{{citar web|titulo=453 anos de São Paulo: GAPA e Brenda Lee dividem o mérito de terem iniciado trabalho de acolhimento às pessoas com HIV na capital paulistana|url=http://www.agenciaaids.com.br/noticias-resultado.asp?Codigo=6878|publicado=Agência de Notícia da AIDS|data=24 de janeiro de -01-2007 |acessodata=21 de setembro de -09-2010}}</ref> A casa, que ficava na Rua Major Diogo, 779, [[Bixiga]], começou com três pacientes ainda no ano de sua compra.<ref>{{citar web|url=http://outrosurbanismos.fau.usp.br/lugares-memoria-lgbt-sao-paulo/palacio-das-princesas-brenda-lee/|título=Palácio das Princesas - Brenda Lee|publicado=FAUUSP|acessodata=24-06-2024|língua=pt-br}}</ref>
==Militância==
'''Brenda''' chegou a São Paulo aos catorze anos e tornou-se figura conhecida e festejada do bairro do [[Bixiga]]. Comprou uma casa nesse bairro e acolheu o primeiro portador do [[vírus HIV]] em [[1984]] numa época em que predominava muita desinformação e preconceito sobre a [[AIDS]], quando até mesmo os familiares rejeitavam quem sofria dessa doença e não havia infraestrutura para acolher quem recebia alta hospitalar e não tinha onde morar.
 
Em 1988, o cineasta [[suíço]] [[Pierre-Alain Meier]] dirigiu o filme-[[documentário]] intitulado ''[[Dores de Amor]]'', no qual expôs a vida nua e crua de quatro mulheres [[transgênerotransgénero|transgêneras]]. Além da própria Brenda, figuravam [[Andréa de Mayo]], [[Cláudia Wonder]], [[Condessa Mônica]] e [[Thelma Lipp]].<ref>{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=I7eO00w5g9o|título=Dores de Amor|website=[[YouTube]]|acessodata=24-06-2024|língua=pt-br}}</ref>
A «Casa de Apoio Brenda Lee», também conhecida como «Palácio das Princesas», foi instituída formalmente em [[1988]] para abrigar pessoas homossexuais e portadores de HIV rejeitados por parentes e também com o objetivo de dar assistência médica, social, moral e material, fossem elas [[travesti]]s ou não.<ref name="AgAids" >{{citar web|titulo=Brenda Lee: Há 14 anos, Brasil perdia uma das pioneiras da luta contra a aids|url=http://www.agenciaaids.com.br/site/noticia.asp?id=14853|publicado=Agência de Notícia da AIDS|data=28 de maio de 2010 |acessodata=21 de setembro de 2010}}</ref><ref>{{citar web|titulo=453 anos de São Paulo: GAPA e Brenda Lee dividem o mérito de terem iniciado trabalho de acolhimento às pessoas com HIV na capital paulistana|url=http://www.agenciaaids.com.br/noticias-resultado.asp?Codigo=6878|publicado=Agência de Notícia da AIDS|data=24 de janeiro de 2007 |acessodata=21 de setembro de 2010}}</ref> A casa, que ficava na Rua Major Diogo, 779 começou com três pacientes ainda no ano de sua compra.
 
=== Morte ===
Em 1988, o cineasta [[suíço]] [[Pierre-Alain Meier]] dirigiu o filme-documentário intitulado ''[[Dores de Amor]]'', no qual expôs a vida nua e crua de quatro mulheres [[transgênero|transgêneras]]. Além da própria Brenda, figuravam [[Andréa de Mayo]], [[Cláudia Wonder]], [[Condessa Mônica]] e [[Thelma Lipp]].
|imagem = [[Ficheiro:Feira cultural LGBT 2009-27.JPG|260px|thumb|Quiosque da Casa de Apoio '''Brenda Lee''' na Feira Cultural LGBT de São Paulo, 2009]]
No dia [[28 de maio]] de [[1996]], '''Brenda''' foi brutalmente assassinada com um tiro na boca e outro no peito, e seu corpo foi encontrado em um terreno baldio, pois descobrira que oGilmar Dantas Felismino, motorista da Casa de Apoio Brenda Lee, havia falsificado um cheque emitido pelapor vítimaela.<ref name="AgAids" /> Sua missa de corpo presente — realizada pelo padre [[Júlio Lancellotti]], representando o [[cardeal]] Dom [[Paulo Evaristo Arns]] — foi rezada na sede da casa de apoio, na rua Major Diogo, na [[Bela Vista (distrito de São Paulo)|Bela Vista]].<ref name="AgAids" /> O caso foi solucionado pela Equipe B-Leste da Divisão de Homicídios do DHPP da [[Polícia Civil de São Paulo]] e levou aà prisão osdos autores do crime, umos delesirmãos Gilmar Dantas Felismino e José Rogério de Araújo Felismino; na época do crime, umJosé Rogério era soldado PMda [[Polícia Militar do Estado de São Paulo|Polícia Militar]].<ref name="Terra"/>
 
==Morte Homenagens ==
=== Google Doodle Celebration ===
No dia [[28 de maio]] de [[1996]], '''Brenda''' foi brutalmente assassinada com um tiro na boca e outro no peito e seu corpo foi encontrado em um terreno baldio pois descobrira que o motorista da Casa de Apoio Brenda Lee havia falsificado um cheque emitido pela vítima.<ref name="AgAids" /> Sua missa de corpo presente — realizada pelo padre [[Júlio Lancellotti]], representando o [[cardeal]] Dom [[Paulo Evaristo Arns]] — foi rezada na sede da casa de apoio, na rua Major Diogo, na [[Bela Vista (distrito de São Paulo)|Bela Vista]].<ref name="AgAids" /> O caso foi solucionado pela Equipe B-Leste da Divisão de Homicídios do DHPP da Polícia Civil de São Paulo e levou a prisão os autores do crime, um deles, um soldado PM.
 
== Google Doodle Celebration ==
Em 29 de janeiro de 2019, o [[Google Busca|Google]] adicionou em sua página principal para o Brasil um ''[[Google Doodle|doodle]]'' em homenagem ao Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais:<ref>{{Citar web|titulo=Celebrating Brenda Lee|url=https://www.google.com/doodles/celebrating-brenda-lee|obra=www.google.com|acessodata=2019-01-29|lingua=en}}</ref>
 
 
{{referências|col=3}}
 
==Ligações externas==
*[httphttps://wwwweb.archive.org/web/20141218143015/http://brendalee.org.br/ Casa de Apoio Brenda Lee] (arquivado)
 
{{Portal3|Biografia|Brasil|Mulheres|LGBT}}
[[Categoria:Ativistas dos direitos transgênero]]
 
[[Categoria:Ativistas dos direitos LGBTLGBTQIA+ do Brasil]]
[[Categoria:História LGBTtransgênero]]
[[Categoria:História LGBT do Brasil]]
[[Categoria:Naturais de Bodocó]]
[[Categoria:PessoasMulheres transexuais e transgênerastransgênero do Brasil]]
[[Categoria:Mulheres transexuais e transgêneras]]
[[Categoria:Mortos em 1996]]