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{{Mais notas|data=abril de 2021}}
{{DadosBatalha|
{{Info/Batalha
| cores = background:#c0c0c0;
| nome_batalha= Batalha de Montes Claros
| imagem =
| imagem = Batalille_de_Montes_Claros_-_azulejo_XVIIe_si%C3%A8cle_Palais_Fronteira,_Lisbonne.jpg
| descr =
| descr =
| conflito = [[Guerra da Restauração]]
| data = [[17 de Junhojunho]] de [[1665]]
| local = [[Montes Claros (Borba)|Montes Claros]] perto de [[Borba (Portugal)]]
| resultado = Vitória dos portugueses
| combatente1 = [[{{Flag|Portugal|Portugueses]]1640}}
* {{flagicon|Inglaterra}} [[Inglaterra]]<ref>{{citar web|título=Regimentos ingleses ao serviço da Coroa portuguesa (1662-1668)|url=https://guerradarestauracao.wordpress.com/2009/08/08/regimentos-ingleses-ao-servico-da-coroa-portuguesa-1662-1668/|website=Guerra da Restauração Blog de História Militar dedicado à Guerra da Restauração ou da Aclamação, 1641-1668}}</ref>
| combatente2 = [[{{Flag|Espanha|Espanhóis]]1506}}
| comandante1 = [[Marquês de Marialva]]
| comandante1 = [[António Luís de Meneses]]<br />{{Flagicon image|English_Blue_Ensign_1620.svg}} [[Frederico Armando de Schomberg|Frederico Schomberg]]
| comandante2 = [[Marquês de Caracena]]
| comandante1comandante2 = [[Marquês de MarialvaCaracena]]
| for1 = 20,500 combatentes
| for1 = 20 000 homens:(incluindo 2000 das [[Ilhas Britânicas]])<ref>{{citar livro|último1 =Paul|primeiro1 =Hardacre|título=The English Contingent in Portugal, 1662–1668'', Journal of the Society for Army Historical Research, volume 38|data=1960|páginas= 112–125}}</ref>
| for2 = 15, 000 [[infantaria|infantes]]<br />7600 [[cavalaria|cavaleiros]]
| baixas1 =
| baixas1 = 700 mortos<br>2000 desaparecidos
| baixas2 =
| baixas2 = 4000 mortos<br>6000 prisioneiros
| nome_cat = Montes Claros, Batalha de
| campanha = Guerra da Restauração
|}}
 
A '''Batalha de Montes Claros''', foi travada em [[17 de Junhojunho]] de [[1665]], em [[https://www.cm-borba.pt/locais/padrao-de-montes-claros/?mp=1274&mc=9242 Montes Claros]], perto de, [[Borba (Portugal)|Borba]], entre [[Portugal|Portuguesesportugueses]] e [[Espanha|Espanhóisespanhóis]].
 
== História ==
PreparamPrepararam-se os espanhóis para um ataque que tudo levasse de vencida, mas por seu lado os governantes portugueses tomaram todas as cautelas e providências indispensáveis para a defesa do reino[[Reino de Portugal]]. Calculando que a tentativa de invasão seria feita através das fronteiras do [[Sul]]sul, isto é pelo [[Alentejo]], foi nessa [[província]] que se tomaram as maiores precauções. Três mil e quinhentos homens foramForam sem demora enviados de [[Trás-os-Montes]] 3 500 homens, constituindo quatro terços de [[infantaria]] e catorze14 companhias de [[cavalaria]].
 
[[Simão de Vasconcelos e Sousa]] levou de [[Lisboa]] 300 cavaleiros e 2000 infantes e [[Pedro Jacques de Magalhães]] apresentou-se com 1500 [[soldado]]s de infantaria e 500 de cavalaria. O conjunto representava um reforço de 7800 homens, o que dotava [[António Luís de Meneses]], [[Marquês de Marialva]], com o comando total de 20 500 combatentes.
==História==
 
[[Simão de Vasconcelos e Sousa]] levou de [[Lisboa]] trezentos cavaleiros e dois mil infantes e [[Pedro Jacques de Magalhães]] apresentou-se com mil e quinhentos [[soldado]]s de infantaria e quinhentos de cavalaria. O conjunto representava um reforço de sete mil e oitocentos homens, o que dotava [[António Luís de Meneses]], [[Marquês de Marialva]] com o comando total de vinte mil e quinhentos combatentes. Oespanhol [[Marquês de Caracena]] havia planeado nada menos do que ocupar Lisboa, tomando em primeiro lugar [[Vila Viçosa]] e a seguir a cidade de [[Setúbal]]. Então pôs em movimento o seu [[exército]], que se compunha de quinze15 mil000 infantes, sete mil e seiscentos7600 cavaleiros e as guarnições de catorze14 [[canhão|canhões]] e dois [[morteiro]]s. Tendo ocupado [[Borba (Portugal)|Borba]] que encontraram despovoada, os espanhóis atacaram [[Vila Viçosa]] que, embora mal fortificada, ofereceu resistência inquebrável aos ataques do inimigo uma resistência inquebrantável.
Preparam-se os espanhóis para um ataque que tudo levasse de vencida, mas por seu lado os governantes portugueses tomaram todas as cautelas e providências indispensáveis para a defesa do reino. Calculando que a tentativa de invasão seria feita através das fronteiras do [[Sul]], isto é pelo [[Alentejo]], foi nessa [[província]] que se tomaram as maiores precauções. Três mil e quinhentos homens foram sem demora enviados de [[Trás-os-Montes]], constituindo quatro terços de [[infantaria]] e catorze companhias de [[cavalaria]].
 
Entretanto, o exército português avançava para socorrer aessa [[praça forte]], mas foio resolvidocomando pelomilitar comandoresolveu que as tropas se detivessem em Montes Claros, a aproximadamente meio caminho entre Vila Viçosa e [[Estremoz]]. O general espanhol, ao saber da proximidade do exército português, deu ordens imediatas para que assuas forças de que dispunha marchassem aode encontro doao adversário. Carregando em massa, a cavalaria espanhola abriu brechas nos [[Terço (militar)|terços de infantaria]] da primeira linha, mas foi recebida com uma chuva de metralha disparada pela [[artilharia]] comandada por D. Luís de Meneses. OsObrigados a recuar, os esquadrões de [[Reino de Castela|Castela]], obrigados a recuar refizeram-se e lançaram a segunda carga sobre o terço de [[Francisco da Silva Moura]], causando a morte destedele e de mais trinta30 soldados portugueses.
[[Simão de Vasconcelos e Sousa]] levou de [[Lisboa]] trezentos cavaleiros e dois mil infantes e [[Pedro Jacques de Magalhães]] apresentou-se com mil e quinhentos [[soldado]]s de infantaria e quinhentos de cavalaria. O conjunto representava um reforço de sete mil e oitocentos homens, o que dotava [[António Luís de Meneses]], [[Marquês de Marialva]] com o comando total de vinte mil e quinhentos combatentes. O [[Marquês de Caracena]] havia planeado nada menos do que ocupar Lisboa, tomando em primeiro lugar [[Vila Viçosa]] e a seguir a cidade de [[Setúbal]]. Então pôs em movimento o seu [[exército]], que se compunha de quinze mil infantes, sete mil e seiscentos cavaleiros e as guarnições de catorze [[canhão|canhões]] e dois [[morteiro]]s. Tendo ocupado [[Borba (Portugal)|Borba]] que encontraram despovoada, os espanhóis atacaram Vila Viçosa que embora mal fortificada, ofereceu aos ataques do inimigo uma resistência inquebrantável.
 
O Marquês de Marialva não estava disposto a ceder terreno ou a perder o ânimo. Sob as suas ordens, as brechas abertas pela cavalaria espanhola foram colmatadas, enquanto a artilharia não cessava de fazer fogo sobre os castelhanos. UmaA segunda carga, igualmente impetuosa, conseguiu no entanto levar os cavaleiros espanhóis até ao mesmo ponto onde fora detida a primeira, mas as perdas sofridas foram de tal ordem que tiveram de deter-se também, sem que a segunda linha portuguesa, comandada pessoalmente pelo Marquês de Marialva, tivesse sequer sido molestada. O [[Conde de Schomberg]] ao serviço de Portugal esteve prestes a cair em mãos espanholas, quando um tiro abateu o cavalo que ele montava. O espanhóis que pareciam ter contado com a fúria dos primeiros ataques em massa, executados em especial pela cavalaria, viram-se em situação de perigo. Deram ainda umaa terceira carga, mas o ímpeto inicial tinha-se perdido e o desânimo apoderava-se deles. Ao cabo de sete horas de luta, os atacantes começaram a debandar, e o próprio general Caracena, reconhecendo que a batalha estava perdida, fugiu para [[Juromenha]], de onde seguiu depoismais tarde a caminho de [[Badajoz]].
Entretanto, o exército português avançava para socorrer a praça, mas foi resolvido pelo comando que as tropas se detivessem em Montes Claros, a aproximadamente meio caminho entre Vila Viçosa e [[Estremoz]]. O general espanhol ao saber da proximidade do exército português, deu ordens imediatas para que as forças de que dispunha marchassem ao encontro do adversário. Carregando em massa, a cavalaria espanhola abriu brechas nos terços de infantaria da primeira linha, mas foi recebida com uma chuva de metralha disparada pela [[artilharia]] comandada por D. Luís de Meneses. Os esquadrões de [[Reino de Castela|Castela]], obrigados a recuar refizeram-se e lançaram segunda carga sobre o terço de [[Francisco da Silva Moura]], causando a morte deste e de mais trinta soldados portugueses.
 
Pode considerar-se que a batalha de Montes Claros decidiudeterminou definitivamente a independênciavitória de Portugal, quenas seriaguerras reconhecidacom pelaCastela, [[Espanha]]sendo trêsassinada anosa mais tarde,paz ao firmar-se entre os dois reinos a paz nopelo [[Tratado de Lisboa (1668)|Tratado de Lisboa de 1668]], três anos mais tarde. A batalha de Montes Claros foi a última das cinco grandes vitórias quede Portugal contra os espanhóis na [[Guerra da Restauração]], sendo as restantesoutras: [[Batalha do Montijo|Montijo]], [[Batalha das Linhas de Elvas|Linhas de Elvas]], [[Batalha do Ameixial|Ameixial]] e [[Batalha de Castelo Rodrigo|Castelo Rodrigo]].
O Marquês de Marialva não estava disposto a ceder terreno ou a perder o ânimo. Sob as suas ordens, as brechas abertas pela cavalaria espanhola foram colmatadas, enquanto a artilharia não cessava de fazer fogo sobre os castelhanos. Uma segunda carga igualmente impetuosa, conseguiu no entanto levar os cavaleiros espanhóis até ao mesmo ponto onde fora detida a primeira, mas as perdas sofridas foram de tal ordem que tiveram de deter-se também, sem que a segunda linha portuguesa comandada pessoalmente pelo Marquês de Marialva, tivesse sequer sido molestada. O [[Conde de Schomberg]] esteve prestes a cair em mãos espanholas, quando um tiro abateu o cavalo que ele montava. O espanhóis que pareciam ter contado com a fúria dos primeiros ataques em massa, executados em especial pela cavalaria, viram-se em situação de perigo. Deram ainda uma terceira carga, mas o ímpeto inicial tinha-se perdido e o desânimo apoderava-se deles. Ao cabo de sete horas de luta, os atacantes começaram a debandar, e o próprio general Caracena, reconhecendo que a batalha estava perdida, fugiu para [[Juromenha]], de onde seguiu depois a caminho de [[Badajoz]].
 
== Referências ==
Pode considerar-se que a batalha de Montes Claros decidiu definitivamente a independência de Portugal, que seria reconhecida pela [[Espanha]] três anos mais tarde, ao firmar-se entre os dois reinos a paz no [[Tratado de Lisboa de 1668]]. A batalha de Montes Claros foi a última das cinco grandes vitórias que Portugal contra os espanhóis na [[Guerra da Restauração]], sendo as restantes: [[Batalha do Montijo|Montijo]], [[Batalha das Linhas de Elvas|Linhas de Elvas]], [[Batalha do Ameixial|Ameixial]] e [[Batalha de Castelo Rodrigo|Castelo Rodrigo]].
<references />
==Bibliografia==
* Espírito Santo, Gabriel, 1935-2014, Montes Claros: 1665: a vitória decisiva, Lisboa, Tribuna da História, 2005
 
==Ligações externas==
[[Categoria:Guerra da Restauração|Montes Claros]]
* [http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=58 Batalha de Montes Claros, Áreamilitar]
* [https://www.academia.edu/7485271/A_Batalha_de_Montes_Claros_e_o_conceito_de_Armas_Combinadas A Batalha de Montes Claros e o conceito de Armas Combinadas, por Nuno Lemos Pires, Revista AC, 2014]
* [https://ensina.rtp.pt/artigo/a-batalha-de-montes-claros/ A batalha de Montes Claros, O Bom Sabor do Alentejo (Excerto de documentário), por José Hermano Saraiva, Videofono para a RTP, 2002]{{Guerra da Restauração}}
 
[[en:{{commonscat|Battle of Montes Claros]]}}
 
[[es:Batalla de Villaviciosa (1665)]]
[[fr{{DEFAULTSORT:Bataille deBatalha Montes Claros]]}}
[[Categoria:Batalhas da Guerra da Restauração|Montes Claros]]
[[Categoria:1665 em Portugal]]