Aspleniaceae: diferenças entre revisões

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{{Info/Taxonomia
| nome = Aspleniaceae<br><small>Avencas</small>
| imagem = Illustration Asplenium trichomanes0.jpg
| imagem_largura=250px
| imagem_legenda=''[[Asplenium trichomanes]]''.
| reino = [[Plantae]]
| divisão = [[Monilophyta]]
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| género_tipo = ''[[Asplenium]]''
| género_tipo_autoridade = L.
| sinónimos=
* [[Asplenioideae]]
}}
A família Aspleniaceae é conhecida como família das avencas e faz parte da ordem [[Polypodiales]]<ref name=ref13/> ou, como alguns autores denominam, da ordem [[Aspleniales]].<ref name=ref10/><ref name=ref6/><ref name=ref11/>
 
==Diversidade Taxonômica==
 
A família consiste em um gênero, ''[[Asplenium]]'' Linn. com aproximadamente 700 espécies descritas que abrigam regiões tropicais e subtropicais, sendo 77 dessas espécies viventes no Brasil e ''[[Hymenasplenium]]'' Hayata. com cerca de 40 espécies e 4 delas residentes do Brasil.<ref name=ref4/><ref name=ref5/> O porte destas plantas podem variar de pequeno a médio, predominantemente [[Litófita|epilíticas]] ou terrestres, mas muitas também podem ser [[Epifitismo|epifíticas]].
 
==Morfologia==
Essa família apresenta caule curto ou longo, podendo ser ereto ou rastejante, com folhas agrupadas ou remotas dependendo da espécie. A [[Folha|lâmina]] pode variar entre simples ou lobada, sendo frequentemente [[Pinado|pinada]] e com [[Pecíolo (botânica)|pecíolos]] não articulados.<ref name=ref1/><ref name=ref2/>
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● ''Hymenasplenium'' Hayata 1927
 
O género ''[[Hemidictyum]]'' (anteriormente incluído na família Woodsiaceae) é um grupo irmão de Aspleniaceae,<ref name=ref6/>, e em consequência considerado para inclusão na família, mas foi movido para a sua própria família, a família Hemidictyaceae.<ref name=ref10/>.
O seguinte diagrama elaborado para os eupolypods II, baseado nos trabalhos de Lehtonen, 2011,<ref name=ref6/> e Rothfels & al., 2012,<ref name=ref11/> apresenta a provável relação filogenética entre a família Aspleniaceae e as outras famílias do clade eupolypods II:
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}}
</center>
 
Na classificação de Christenhusz & Chase (2014), Aspleniaceae é uma das 8 famílias da ordem Polypodiales. Por sua vez, Polypodiales é uma das 7 ordens da subclasse [[Polypodiidae]], sendo esta colocada, em conjunto com outras 3 subclasses, entre as [[Polypodiophyta]] (os fetos). A antiga divisão Pteridophyta já não é correntemente considerada válida, por ter sido demonstrado ser parafilética.<ref name=ref12/>
Por sua vez Christenhusz & Chase (2014) recomendam a transferência de todos os membros do clade eupolypods I para a família Polypodiaceae e de todos os membros do clade eupolypods II para a família Aspleniaceae, com as famílias prévias a serem consideradas ao nível de subfamília.<ref name=ref12/> Aceitando essa reclassificação, o correspondente cladograma para as subfamílias de Aspleniaceae é o seguinte:
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=== Mudanças na delimitação de gêneros da família===
A delimitação de gêneros na família passou por diversas mudanças ao longo do tempo. Holttum (1949) admitiu cinco gêneros e Copeland (1947) reconheceu oito gêneros. Após certo tempo, Pichi Sermolli (1977) reconheceu treze gêneros, Tryon & Tryon (1982) seis gêneros, Kramer & Green (1990) aceitaram apenas um gênero e Moran (1995) aceitou oito gêneros. Com o advento dos estudos no campo da [[filogenética]] molecular, Schneider et al. (2004), Smith et al. (2006) e Schuettpelz & Pryer (2008) tiveram dúvidas quanto a estas delimitações, mas reconheceram que existem pelo menos dois clados irmãos em Aspleniaceae: ''Hymenasplenium'' Hayata e ''Asplenium'' L. Entretanto, os autores não afirmam que estes sejam os únicos gêneros na família. Segundo Schneider et al. (2004), a amostragem do estudo abrangeu uma grande diversidade taxonômica do grupo e amostragens adicionais são necessárias para descobrir a filogenia do grupo.<ref name=ref2/>
 
==Lista de espécies brasileiras==
 
A família apresenta as seguintes espécies brasileiras:<ref name=ref3/>
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''[[Asplenium abscissum]]'' Willd.
 
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''[[Hymenasplenium ortegae]]'' (N. Murak. & R.C. Moran) L. Regalado & Prada
 
''[[Hymenasplenium triquetrum]]'' (N. Murak. & R.C. Moran) L. Regalado & Prada
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==Domínios e estados de ocorrência no Brasil==
Os membros da família Aspleniaceae ocorrem nos [[Domínio morfoclimático e fitogeográfico|domínios]] da Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica e ocorrem nos seguintes estados brasileiros: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. <ref name=ref3/>
Ou seja, ocorrem em praticamente todos os estados políticos brasileiros com exceção de Tocantins e Rio Grande do Norte. <ref name=ref3/>
 
 
==Referências==
{{reflist |refs=
 
<ref name=ref1>{{citar periódico |url= http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602010000100014&lng=en&nrm=iso |título=Notas nomenclaturais em Aspleniaceae (Polypodiopsida) ocorrentes no Brasil |nome=Lana da Silva |sobrenome=Sylvestre |revista=Rodriguésia |data=março de 2010 |local=Rio de Janeiro |volume=61, n.1 |pagina=109-114 |acessadoem=19 de setembro de 2019}}</ref>
 
<ref name=ref2>{{citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062012000200021&lng=en&nrm=iso |título=Aspleniaceae (Polypodiopsida) do Corredor de Biodiversidade do Norte do Pará, Brasil: um fragmento do Centro de Endemismo Guiana |nome=Luiz Armando de Araújo |sobrenome=Goes-Neto |nomenome2=Marcio Roberto |sobrenomesobrenome2=Pietrobom |periódico=Acta Bot. Bras. |data=junho de 2012 |local=Feira de Santana |acessadoem=19 de setembro de 2019}}</ref>
 
<ref name=ref3>{{citar web |url=http://floradobrasil.jbrj.gov.br |título=Flora do Brasil 2020 em construção |publicado=Reflora |editor=Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro |acessadoem=19 de setembro de 2019}}</ref>
 
<ref name=ref4>{{citecitar web |titletítulo=''Aspleniaceae'' <small>Newman</small> |workobra=Plants of the World Online |publisherpublicado=Royal Botanic Gardens, Kew|url=http://www.plantsoftheworldonline.org/taxon/urn:lsid:ipni.org:names:77126788-1 |accessdateacessodata=2019-11-10 }}</ref>
 
<ref name=ref5>{{citecitar web |titletítulo=''Hymenasplenium'' <small>Hayata</small> |workobra=Plants of the World Online |publisherpublicado=Royal Botanic Gardens, Kew|url=http://www.plantsoftheworldonline.org/taxon/urn:lsid:ipni.org:names:17334580-1 |accessdateacessodata=2019-11-10 }}</ref>
 
<ref name=ref6>{{citar periódico |url=https://journals.plos.org/plosone/article/citation?id=10.1371/journal.pone.0024851 |título=Towards Resolving the Complete Fern Tree of Life |nome=Samuli |sobrenome=Lehtonen |periódico=PLoS ONE 6 (10) |data=outubro de 2011 |local=Finlândia |acessadoem=10 de novembro de 2019}}</ref>
 
<ref name=ref7>{{citar periódico |url=https://doi.org/10.1007/PL00013894 |título=Phylogeny of Aspleniaceae inferredfrom rbcL nucleotide sequences |nome=Yoko |sobrenome=Yatabe |nomenome2=Harufumi |sobrenomesobrenome2=Nishida |nomenome3=Noriaki |sobrenomesobrenome3=Murakami |periódico=''J Plant Res'' 112: 397 |data=dezembro de 1999 |acessadoem=10 de novembro de 2019}}</ref>
 
<ref name=ref8>{{citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/1547233?seq=1/analyze |título=Phylogeny of Aspleniaceae inferredfrom rbcL nucleotide sequences |nome=Noriaki |sobrenome=Murakami |nomenome2=Satoru |sobrenomesobrenome2=Nogami |nomenome3=Mikio |sobrenomesobrenome3=Watanaba |nomenome4=Kunio |sobrenomesobrenome4=Iwatsuki|periódico=''American Fern Journal'' 89(4):232–243 |data=dezembro de 1999 |acessadoem=10 de novembro de 2019}}</ref>
 
<ref name=ref9>{{citar periódico |url=https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rspb.2004.2965 |título=Origin of the endemic fern genus Diellia coincides with the renewal of Hawaiian terrestrial life in the Miocene |nome=Harald |sobrenome=Schneider |periódico=''Proc Biol Sci'' |data= 2005-02-22 | volume = 272 |número= 1561 |páginas= 455–60 |pmid = 15734701 | doi=10.1098/rspb.2004.2965|display-authors=etal | pmc=1634989 |acessadoem=10 de novembro de 2019}}</ref>
 
<ref name=ref10>{{citar periódico |url=http://www.mapress.com/phytotaxa/content/2011/f/pt00019p054.pdf |título=A linear sequence of extant families and genera of lycophytes and ferns |nome=Maarten J. M. |sobrenome=Christenhusz |nomenome2=Xian-Chun |sobrenomesobrenome2=Zhang |nomenome3=Harald |sobrenomesobrenome3=Schneider |periódico=[[Phytotaxa]] |volume=19 |páginas=7–54 |ano=2011 |acessadoem=10 de novembro de 2019}}</ref>
 
<ref name=ref11>{{citar periódico |url=http://sysbio.oxfordjournals.org/content/early/2012/01/04/sysbio.sys001.short?rss=1 |doi=10.1093/sysbio/sys001 |pmid=22223449 |título=Overcoming Deep Roots, Fast Rates, and Short Internodes to Resolve the Ancient Rapid Radiation of Eupolypod II Ferns |nome=Carl J. |sobrenome=Rothfels |nomenome2=Anders |sobrenomesobrenome2=Larsson |nomenome3=Li-Yaung |sobrenomesobrenome3=Kuo |nomenome4=Petra |sobrenomesobrenome4=Korall |nomenome5=Wen-Lian |sobrenomesobrenome5=Chiou |nomenome6=Kathleen M. |sobrenomesobrenome6=Pryer |ano=2012 |periódico=Systematic Biology |volume=61 |número=1 |páginas=70 |acessadoem=10 de novembro de 2019}}</ref>
 
<ref name=ref12>{{citar periódico |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3936591/ |lastauthoramp=yes |doi=10.1093/aob/mct299 |pmid=24532607 |pmc=3936591 |título=Trends and concepts in fern classification |nome=Maarten J.M. |sobrenome=Christenhusz |nomenome2=Mark W. |sobrenomesobrenome2=Chase |ano=2014 |periódico=[[Annals of Botany]] |volume=113 |número=9 |páginas=571-594 |acessadoem=10 de novembro de 2019}}</ref>
 
<ref name=ref13>{{citar periódico |autor1 =Alan R. Smith |autor2 =Kathleen M. Pryer |autor3 =Eric Schuettpelz |autor4 =Petra Korall |autor5 =Harald Schneider |autor6 =Paul G. Wolf |ano=2006 |título=A classification for extant ferns |periódico=Taxon |volume=55 |número=3 |páginas=705–731 |doi=10.2307/25065646 |url=http://www.pryerlab.net/publication/fichier749.pdf |urlmorta= sim |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080226232147/http://www.pryerlab.net/publication/fichier749.pdf |arquivodata= 2008-02-26 |acessadoem=10 de novembro de 2019}}</ref>
}}
 
 
== Bibliografia==
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{{Bases de dados taxonómicos}}
{{Classificação dos pteridófitos}}
{{Portal3|Botânica}}