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{{Info/Escritor
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'''Maurice Polydore Marie Bernard Maeterlinck'''<ref>{{citar web |url=http://nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/1911/maeterlinck.html |título=The Nobel Prize in Literature 1911 |acessodata=10 de janeiro de 2013 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra=Nobel Foundation |publicado=NobelPrize.org |páginas= |língua=en |citação= }}</ref> ([[Gante]], [[29 de agosto]] de [[1862]] — [[Nice]], [[5 de maio]] de [[1949]]) foi um [[dramaturgo]], poeta e [[ensaísta]] [[Bélgica|belga]] de [[língua francesa]], e principal expoente do [[teatro]] [[Simbolismo|simbolista]].
 
No final de sua vida, Maeterlinck foi acusado de cometer [[plágio]].
==Biografia==
Iniciou seus estudos num colégio [[jesuíta]] e estudou Direito na Universidade de Gante. Em [[1885]], publicou seus primeiros poemas de inspiração parnasiana na revista literária e artística: ''Jeune Bélgique''.
 
Maeterlinck nasceu em [[Gante]], na Bélgica, em uma rica família de ascendência francesa. Seu pai, Polydore, era um [[notário]] que gostava de cuidar das [[estufa]]s em sua propriedade. Sua mãe, Mathilde, também vinha de uma família abastada.<ref>Bettina Knapp, ''Maurice Maeterlinck''. Thackery Publishers: Boston, 1975, p. 18.</ref>
Em [[1886]], deixa a profissão e transfere-se para [[Paris]], onde estabelecerá relações com os escritores que mais o influenciarão: [[Stéphane Mallarmé]] e [[Villiers de l'Isle-Adam]], e, depois de 1890, com [[Octave Mirbeau]]. Villiers fá-lo-á conhecer toda a profundidade do idealismo germânico ([[Hegel]], [[Schopenhauer]]). Nessa mesma época, Maeterlinck estuda [[Ruysbroeck, o Admirável]], um místico flamengo do [[século XIV]]. Isto o faz descobrir os recursos intuitivos do mundo literário alemão, muito distante do racionalismo predominante na literatura francesa. Com esse espírito, e notavelmente influenciado por [[Novalis]] (George Philipp Friedrich von Hardenber), entra em contato com o romantismo de [[Iéna]], autor de "August et Friedrich von Schlegel" e da revista "l’Atthenäum", precursor direto do simbolismo. Nas obras que Maeterlinck publica entre [[1889]] e [[1896]], reflete-se essa influência alemã.
 
Em setembro de 1874, iniciou seus estudos num colégio [[jesuíta]] e estudou Direito na [[Universidade de Gante]]. Em [[1885]], publicou seus primeiros poemas, de inspiração [[parnasiana]], na revista literária e artística ''Jeune Belgique''.<ref> {{fr}} [http://digitheque.ulb.ac.be/fr/digitheque-revues-litteraires-belges/periodiques-numerises/index.html#c12716 ''La Jeune Belgique''. Bruxelles, 1881-1897]. ''La Digithèque - Revues littéraires belges''.</ref>
Em [[1920]] escreveu "Monna Vanna", obra teatral que interpretará [[Georgette Leblanc]], actriz a quem conheceu em [[1895]] e que será sua companheira até [[1919]], ano em que contrai matrimônio com a jovem Renée Dahon.
 
Em 1886 deixou mudou-se para [[Paris]], onde estabeleceu relações com os escritores que mais o influenciariam: [[Stéphane Mallarmé]], [[Auguste Villiers de L'Isle-Adam]] e, depois de 1890, [[Octave Mirbeau]]. Villiers introduzirá Maeterlinck ao [[idealismo germânico]] ([[Hegel]], [[Schopenhauer]]). Nessa mesma época estudou [[Ruysbroeck, o Admirável]], um místico flamengo do {{séc|XIV|x}}. Isto o fez descobrir os recursos intuitivos do [[literatura alemã|mundo literário alemão]], muito distante do [[racionalismo]] predominante na [[literatura francesa]]. Com esse espírito, ele se dedica a [[Novalis]] e entra em contato com o [[romantismo]] do [[Círculo de Jena]], que constitui a primeira fase do [[romantismo alemão]] (1787 - 1831), organizado em torno [[August Wilhelm Schlegel|August]] e [[Friedrich von Schlegel]] e da revista ''[[Athenaeum (Schlegel)|Athenaeum]]'', sendo precursor direto do [[simbolismo]]. Nas obras que Maeterlinck publica entre [[1889]] e [[1896]], reflete-se essa influência alemã.{{carece de fontes|data=novembro de 2017}}
Em [[1921]] lecionou nos [[Estados Unidos da América]] e, nesse país, passou a [[II Guerra Mundial]]. Durante uma breve estadia em [[Portugal]] escreveu o prefácio do discurso político de [[Salazar]]: ''Une révolution dans la paix''.
 
Em 1895, ele encontra a cantora Georgette Leblanc, irmã do escritor [[Maurice Leblanc]], com a qual, por volta de 1897, ele mantém um salão literário, frequentado por grandes personalidades da época, tais como [[Oscar Wilde]], [[Paul Fort]], [[Stéphane Mallarmé]], [[Camille Saint-Saëns]], [[Anatole France]] e [[Auguste Rodin]], entre outros. Em 1902, ele escreve ''Monna Vanna'', peça teatral que será interpretada por Georgette, que também foi sua companheira até 1918. No ano seguinte, Maeterlinck se casa com a jovem atriz Renée Dahon, que ele conhecera em 1911.{{carece de fontes|data=novembro de 2017}}
[[Manuel Teixeira Gomes]], presidente da República de Portugal e escritor, era um grande apreciador de Maeterlinck: “Á altura de Verhaeren elevou-se logo Maeterlinck, polígrafo incomparável, espírito inovador, generoso, requintado, sondando com fruto quantos problemas psicológicos perturbam a quietação da consciência social, que a mais e mais se vai adiantando para a solução definitiva e suprema da justiça humana.” (''Inventario de Junho'', terceira edição, Lisboa, 1933, p. 119).
 
Em 1939, transfere-se para os [[Estados Unidos]], onde permanece durante o período da [[Segunda Guerra Mundial]]. Em 1947, volta a Nice.{{carece de fontes|data=novembro de 2017}}
Maeterlinck foi lido por notáveis personalidades históricas, tais como o poeta alemão [[Rainer Maria Rilke]], o compositor australiano [[Percy Grainger]], a bailarina americana [[Isadora Duncan]], o filósofo e matemático britânico [[Bertrand Russell]], o novelista Americano [[Henry Miller]], a poetisa brasileira [[Cecília Meireles]], a escritora belga [[Marguerite Yourcenar]] e a primeira ministra indiana [[Indira Gandhi]].
 
Durante uma breve estadia em [[Portugal]], escreve o prefácio do discurso político de [[Salazar]], ''Une révolution dans la paix''.{{carece de fontes|data=novembro de 2017}} [[Manuel Teixeira Gomes]], presidente da República de Portugal e escritor, era um grande apreciador de Maeterlinck: "À altura de [[Émile Verhaeren|Verhaeren]] elevou-se logo Maeterlinck, [[polígrafo]] incomparável, espírito inovador, generoso, requintado, sondando com fruto quantos problemas psicológicos perturbam a quietação da consciência social, que a mais e mais se vai adiantando para a solução definitiva e suprema da justiça humana".<ref>''Inventario de Junho'', terceira edição, Lisboa, 1933, p. 119</ref>
==Bibliografia==
*''Serres chaudes'' (Os Invernadeiros) ([[1889]]) - musicado por [[Ernest Chausson]]
*''La Princesse Maleine'' (A Princesa Malena) ([[1889]])
*''L'Intruse'' (A Intrusa) ([[1890]])
*''Les Aveugles'' (Os Cegos) ([[1890]])
*''Les Sept princesses'' (As Sete Princesas) ([[1891]])
*''Pelléas et Mélisande'' (Peleás e Melisanda) ([[1892]]) – A [[Pelléas et Mélisande|ópera]] com música de [[Claude Debussy]] foi representada na [[Opéra-Comique]] de Paris em [[1902]]
*''Alladine et Palomides'' (Aladino e Palomides) ([[1894]])
*''Intérieur'' (Interior) ([[1894]])
*''La Mort de Tintagiles'' (A Morte de Titangiles) ([[1894]])
*''Le Trésor des humbles'' (O Tesouro dos Humildes) ([[1896]])
*''Douze Chansons'' (Doze Canções) ([[1896]])
*''Aglavaine et Sélysette'' ([[1896]])
*''Ariane et Barbe-Bleue'' ([[1901]]) - musicado por [[Paul Dukas]]
*''Soeur Béatrice'' ([[1901]])
*''La Vie des Abeilles'' (A Vida das Abelhas) ([[1901]])
*''Monna Vanna'' ([[1902]])
*''Joyzelle'' ([[1903]])
*''L’Oiseau bleu'' ([[O Pássaro Azul]]) ([[1908]])
* Tradução de "Macbeth" para o francês ([[1909]])
*''L'Intelligence des Fleurs'' ([[1910]])
*''La Mort'' ([[1913]])
*''Marie-Magdaleine'' ([[1913]])
*''L'Hôte inconnu'' ([[1917]])
*''Le Miracle de Saint Antoine'' ([[1920]])
*''Le grand secret'' ([[1921]])
*''Les Fiançailles'' ([[1922]])
*''La puissance des morts'' ([[1926]])
*''La Vie des Termites'' (A Vida das Térmitas) ([[1927]])
*''La Vie de l'Espace'' ([[1928]])
*''La Grande Féerie'' ([[1929]])
*''La Vie des Fourmis'' (A Vida das Formigas) ([[1930]])
*''L'Araignée de verre'' ([[1932]])
*''La Grande Loi'' ([[1933]])
*''Avant le grand silence'' ([[1934]])
*''L'Autre Monde ou le cadran stellaire'' ([[1942]])
*''Jeanne d'Arc'' ([[1948]])
*''Bulles Bleues'' ([[1948]])
 
=== Acusações de plágio ===
==Referências bibliográficas==
Em 1926 Maeterlinck publicou ''La Vie des Termites'', um livro de [[entomologia]] que foi considerado plágio de ''Die Siel van die Mier'' (em português, 'A alma da térmita'), do poeta e cientista ''[[afrikaner]]'' [[Eugène Marais|Eugène Nielen Marais]] (1871-1936).<ref>"Die Huisgenoot", ''Nasionale Pers'', 6 de janeiro de 1928.</ref> O caso foi referido como "um clássico exemplo de plágio acadêmico", pelo professor de zoologia David Bignell, da [[Universidade de Londres]].<ref name="bignell">{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20070827211941/http://www.biology.qmul.ac.uk/research/staff/bignell/Inaugural.htm |título=Termites: 3000 Variations On A Single Theme (texto editado da aula inaugural)|acessodata=4 de novembro de 2017 |autor =Professor David E. Bignell|data= 21 de outubro de 2003}}</ref> Eugène Marais acusou Maeterlinck de ter usado o seu conceito de "unidade orgânica” da [[termiteira]] em ''La Vie des Termites''.<ref name="swart">{{citar periódico|título=The Construction of Eugène Marais as an Afrikaner Hero |autor =Sandra Swart |periódico=Journal of Southern African Studies |ano=2004 |volume=December |número=30.4 |url=http://www.oulitnet.co.za/seminarroom/marais_swart.asp |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100308014642/http://www.oulitnet.co.za/seminarroom/marais_swart.asp |arquivodata=2010-03-08 |df= }} </ref><ref name="rfi">[http://www.rfi.fr/culture/20171017-langues-oubliees-nobel-parfum-plagiat-autour-nobel-blog-lory Langues oubliées du Nobel. Parfum de plagiat autour d’un Nobel]. Por Georges Lory. RFI, 17 de outubro de 2017 </ref>
*{{Ref-livro
|autor = MAETERLINCK, Maurice
|título = Peleás e Melisanda
|ano = 1977
|publicação = Rio de Janeiro: Emebê Editora
|id = Teatro Clássico, vol. 4, Trad. Newton Belleza
}}
 
Marais havia publicado suas ideias sobre a termiteira na imprensa sul-africana de [[língua africâner]], tanto no jornal ''Die Burger'', em janeiro de 1923, como na revista ''Huisgenoot'', que, entre 1925 e 1926, publicou uma série de artigos seus, intitulada ''Die Siel van die Mier'' (‘A alma da térmita’). O livro de Maeterlinck, de conteúdo quase idêntico,<ref name="bignell" /> foi publicado em 1926. Segundo foi alegado, Maeterlinck havia se deparado com a série de artigos publicada na ''Huisgenoot'' e teria sido fácil para ele traduzir do africâner para o francês, pois conhecia o neerlandês e, anteriormente, já havia feito várias traduções do neerlandês para o francês.<ref>d'Assonville VD, ''Eugene Marais and the Waterberg'', Marnix 2008, pp. 53-54</ref> Também era comum, na época, que artigos relevantes, publicados em africâner, fossem reproduzidos em jornais e revistas [[Flamengo (neerlandês)|flamengos]] e [[língua neerlandesa|neerlandeses]].
=={{Ligações externas}}==
 
Sobre Maeterlinck, Marais escreveu, em carta ao Dr. Winifred de Kock, de Londres: <blockquote> O famoso escritor me fez o canhestro elogio de plagiar a parte mais importante do meu trabalho ... Ele claramente queria que seus leitores inferissem que ele havia formulado algumas das minhas teorias (o resultado de dez anos de trabalho duro na [[savana]]) por sua própria conta, embora admita que nunca viu uma térmita em sua vida. Entenda que não foi um mero plágio do espírito da coisa, por assim dizer. Ele copiou páginas e páginas [[wikt:verbatim|verbatim]].<ref>Rousseau, L., 1974, ''Die Groot Verlange'', Cidade do Cabo: Human & Rousseau, p. 398</ref><ref>d'Assonville, V. A., ‘’Eugene Marais and the Waterberg’’, Marnix 2008, p. 53</ref></blockquote>
 
O professor V.E. d'Assonville referiu-se a Maeterlinck como "o ganhador do Prêmio Nobel que nunca tinha visto uma [[térmita]] em toda a sua vida e que jamais pôs os pés em solo africano e muito menos em Waterberg".<ref>d'Assonville, V.E, ''Eugene Marais and the Waterberg'', Marnix 2008, p. 53</ref>
 
Apoiado por um grupo de amigos africâneres nacionalistas, Marais procurou obter justiça através da imprensa sul-africana. Tentou inclusive mover um [[processo judicial]] internacional, mas esse caminho se mostrou financeiramente inviável, e o caso não prosperou. Entretanto, Marais ganhou certo renome, não apenas como parte agravada mas também como um pesquisador africâner exposto ao plágio por ter publicado trabalhos em seu idioma nativo, o que foi visto como um ato de afirmação nacional. Na época do escândalo, Marais conjecturava: "Eu me pergunto se Maeterlinck não fica vermelho ao ler essas coisas [a aclamação da crítica] e se não pensa por um momento na injustiça que cometeu com um desconhecido trabalhador [[bôer]]".<ref name="swart" />
 
De todo modo, na introdução de ''La Vie des termites'' (ensaio que integra seu livro ''La vie de la nature''), Maeterlinck procura explicar a falta de referências precisas às suas fontes, que haviam sido apenas listadas numa bibliografia sumária, no final da obra:<ref> Maeterlinck, Maurice. [https://books.google.com.br/books?id=ogNzVbfsMCkC&pg=PA264&lpg=PA264&dq=%22la+vie+des+termites%22++bibliographie+notes+de+pied+de+page&source=bl&ots=LUPlpCjuWz&sig=dWDWdVh3V9C5psK3Tq1TShnSy3g&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwislMmwrZXXAhXIg5AKHZ6sAwQQ6AEIJzAA#v=onepage&q=%22la%20vie%20des%20termites%22%20%20bibliographie%20notes%20de%20pied%20de%20page&f=false La vie de la nature]. Editions Complexe, 1997, p. 264.</ref>
 
{{Quote|Teria sido fácil, a propósito de cada afirmação, tornar pesado o rodapé das páginas, com notas de referência. É tal capítulo onde teria sido necessário eriçar todas as frases e onde a glosa teria devorado o texto, como nos mais rebarbativos dos manuais escolares. Penso que a bibliografia sumária, que o leitor encontrará no fim da obra, substituirá tudo isso, com a vantagem de a literatura dedicada às térmitas não ser ainda tão pesada como aquela sobre as abelhas.}}
 
Não há, na bibliografia de ''La Vie des termites'', qualquer referência a Eugène Marais, que se suicidaria em 1936. O dramaturgo [[Robert Ardrey]] descreveu Marais como um gênio solitário, amargurado e dependente de [[morfina]], sempre em meio a "seus demônios", até acabar com a própria vida.<ref>Robert Ardrey, [https://archive.org/details/territorialimper00ardrrich ''The Territorial Imperative: A Personal Inquiry into the Animal Origins of Property and Nations'']. New York : Atheneum, 1966, p. 58.</ref> Já o biógrafo de Marais, Leon Rousseau, especula que Marais pode até ter sido favorecido pela controvérsia e por toda a atenção suscitada pelo escândalo.<ref>Leon Rousseau, ''The Dark Stream'', (Jonathan Ball Publishers:Cape Town, 1982)</ref>
 
Outros trabalhos de Maeterlinck sobre [[entomologia]] incluem ''L'Araignée de verre'' (1932) e ''La Vie des fourmis'' (1930).
 
Um outro caso de alegado plágio, por parte de Maeterlinck, refere-se à peça de ''Monna Vanna'', que teria sido baseada em ''Luria'', uma peça pouco conhecida de [[Robert Browning]].<ref>William Lyon Phelps, Ph.D., "Maeterlinck and Browning". Vol. 55 nº 2831, 5 de março de 1903, ''The Independent'', Nova York.</ref>
 
==Obras==
*''Serres chaudes'' (''Os Invernadeiros'') (1889) – musicado por [[Ernest Chausson]]
*''La Princesse Maleine'' (''A Princesa Malena'') (1889)
*''L'Intruse'' (''A Intrusa'') (1890)
*''Les Aveugles'' (''Os Cegos'') (1890)
*''Les Sept princesses'' (''As Sete Princesas'') (1891)
*''[[Pelléas et Mélisande (Maeterlinck)|Pelléas et Mélisande]]'' (''Peleás e Melisanda'') (1892) – Esta peça de teatro serviu de base à [[Pelléas et Mélisande|ópera]] de [[Claude Debussy]] que foi representada na [[Opéra-Comique]] de Paris em 1902
*''Alladine et Palomides'' (''Aladino e Palomides'') (1894)
*''Intérieur'' (''Interior'') (1894)
*''La Mort de Tintagiles'' (''A Morte de Titangiles'') (1894)
*''Le Trésor des humbles'' (''O Tesouro dos Humildes'') (1896)
*''Douze Chansons'' (''Doze Canções'') (1896)
*''Aglavaine et Sélysette'' (1896)
*''La Sagesse et la destinée'' (''A Sabedoria e o Destino'', prefácio e introdução de [[Monteiro Lobato]]) (1898)
*''Ariane et Barbe-Bleue'' (1901) - musicado por [[Paul Dukas]]
*''Soeur Béatrice'' (1901)
*''La Vie des Abeilles'' (''A Vida das Abelhas'') (1901)
*''Monna Vanna'' (1902)
*''Joyzelle'' (1903)
*''L’Oiseau bleu'' (''[[O Pássaro Azul]]'') (1908)
* Tradução de "Macbeth" para o francês (1909)
*''L'Intelligence des Fleurs'' (1910)
*''La Mort'' (1913)
*''Marie-Magdaleine'' (1913)
*''L'Hôte inconnu'' (1917)
*''Le Miracle de Saint Antoine'' (1920)
*''Le grand secret'' (1921)
*''Les Fiançailles'' (1922)
*''La puissance des morts'' (1926)
*''La Vie des Termites'' (''A Vida das Térmitas'') (1927)
*''La Vie de l'Espace'' (1928)
*''La Grande Féerie'' (1929)
*''La Vie des Fourmis'' (''A Vida das Formigas'') (1930)
*''L'Araignée de verre'' (1932)
*''La Grande Loi'' (1933)
*''Avant le grand silence'' (1934)
*''L'Autre Monde ou le cadran stellaire'' (1942)
*''Jeanne d'Arc'' (1948)
*''Bulles Bleues'' (1948)
 
{{Referências}}
 
== Leitura adicional ==
*{{Citar livro|autor=MAETERLINCK, Maurice|título=Peleás e Melisanda|ano=1977|publicação=Teatro Clássico, vol. 4, Trad. Newton Belleza; Rio de Janeiro: Emebê Editora|isbn=}}
 
==Ligações externas==
{{Commons|Maurice Maeterlinck}}
{{Wikiquote|Maurice Maeterlinck}}
*{{Link|en|2=http://nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/1911/|3=Perfil no sítio oficial do Nobel de Literatura 1911}}
 
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{{Caixa de sucessão
|título=[[Nobel de Literatura]]
|anos=[[1911]]
|antes={{nowrap|[[Paul Johann Ludwig von Heyse|Paul Heyse]]}}
|depois={{nowrap|[[Gerhart Hauptmann]]}}
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{{Nobel de Literatura (1901 — 1925)}}
{{Portal3|Béligica|Literatura}}
{{Esboço-escritor}}
 
{{Controle de autoridade}}
{{Wikiquote|Maurice Maeterlinck}}
 
{{DEFAULTSORT:Maeterlinck, Maurice}}
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[[Categoria:Precursores da poesia moderna]]
[[Categoria:Escritores em língua francesa]]
[[Categoria:Naturais de Gante]]
 
[[Categoria:Pessoas envolvidas em controvérsias de plágio]]
 
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