ONU pede a manifestantes e autoridades para que se abstenham de violência no Haiti
Segundo agências de notícias, profunda crise econômica levou milhares de pessoas às ruas; porta-voz do secretário-geral afirmou que o povo é que “está sofrendo o impacto desta crise".
As Nações Unidas estão "preocupadas com relatos de violência e incêndios criminosos" no Haiti.
A informação foi confirmada pelo porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric, falando a jornalistas em Nova Iorque. Ele também disse que é o povo haitiano que “está sofrendo o impacto desta crise".
Protestos
Após dias de intensificação dos protestos, a Missão da ONU no país, Minujusth, está pedindo a todos que "se abstenham de usar a violência".
Segundo agências de notícias, uma profunda crise econômica levou milhares de pessoas às ruas, exigindo a renúncia do presidente, Jovenel Moïse.
Líderes da oposição pediram um dia nacional de resistência ao governo. Na sexta-feira, várias casas e empresas foram incendiadas, com a polícia disparando gás lacrimogêneo contra manifestantes. Várias pessoas morreram durante os confrontos nas últimas semanas.
Em nota, a Minujusth louva o trabalho da Polícia Nacional, dizendo que "fez todo o possível para fornecer segurança ao povo haitiano, às instituições estatais e à propriedade privada."
Ao mesmo tempo, representantes da ONU e parceiros internacionais estão em diálogo com representantes locais para encontrar uma solução pacífica e aliviar o sofrimento da população.
Transição
Em junho, o Conselho de Segurança aprovou uma resolução para criar um Escritório Integrado da ONU para apoiar o governo do país no fortalecimento da estabilidade política e da boa governança.
O escritório será dirigido por um representante especial, que auxiliará o governo na área eleitoral, direitos humanos, segurança e justiça.