Edição do dia 22/10/2015

22/10/2015 21h16 - Atualizado em 22/10/2015 21h30

Henrique Pizzolato deixa a Itália e segue para o Brasil

Condenado no mensalão do PT embarcou escoltado nesta quinta-feira (22) para São Paulo. Ele vai ser levado para o Presídio da Papuda, em Brasília.

O ex-gerente de marketing do Banco do BrasilHenrique Pizzolato deixou a Itália e segue para o Brasil nesta quinta-feira (22). Ele vai cumprir aqui o resto da pena pelo mensalão do PT.

A história da fuga de Henrique Pizzolato para a Itália, depois de quase dois anos terminou nesta quinta-feira, com o seu embarque para São Paulo. Escoltado por três policiais brasileiros e uma médica, ele deve chegar na manhã desta sexta em Guarulhos.

A Polícia Federal informou que um avião levará Pizzolato de São Paulo pra Brasília. Lá, ele seguirá para o Presídio da Papuda, onde ficaram presos outros condenados do mensalão do PT.

Da sua pena de 12 anos e sete meses, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil já cumpriu um ano na cadeia de Modena. De onde saiu nesta quinta às quatro e meia da tarde, horário local. Viajou de carro até o aeroporto de Malpensa, em Milão.

Pizzolato fugiu pra Itália em 2013, usando documentos do irmão morto. Foi preso em fevereiro do ano passado.

O processo de extradição sofreu reviravoltas: em outubro, a corte de Bolonha negou a sua volta ao Brasil. Em fevereiro, a corte de cassação de Roma autorizou. Em junho, o conselho de estado da Itália suspendeu. E no mês passado, autorizou de vez, depois de ser convencido de que a Penitenciária da Papuda poderia garantir o respeito aos diretos humanos. Nem um último apelo à corte europeia de direitos humanos evitou a extradição.

O advogado de defesa comentou que Pizzolato está desiludido com a Itália, mas conformado. Alessandro Sivelli disse também que Pizzolato está melhor de saúde. E que não tem dúvidas de que Brasil e Itália negociaram a troca de Pizzolato pelo mafioso italiano Pasquale Scotti, preso em maio no Recife. Há dois dias o Supremo Tribunal Federal autorizou a extradição de Scotti.

Por já ter cumprido parte da pena na Itália, procuradores brasileiros acreditam que no meio do ano que vem Pizzolato poderá ir para o regime semiaberto.

O ministério da Justiça brasileiro não comentou as declarações do advogado de Pizzolato.