09/12/2015 19h49 - Atualizado em 09/12/2015 21h28

Moody's rebaixa notas da Petrobras pela terceira vez no ano

Agência revisou nota para um possível novo corte.
Estatal perdeu grau de investimento pela Moody's em fevereiro.

Do G1, em São Paulo

A agência de classificação de risco Moody's Investors Service ("Moody's") rebaixou a nota de crédito da Petrobras de Ba2 para Ba3, e revisou a nota para possível novo rebaixamento. Foi o terceiro rebaixamento no ano.

Em fevereiro, a Petrobras perdeu o grau de investimento (aplicações consideradas seguras para os investidores) pela Moody's ao ser rebaixada de "Baa3" para "Ba2".

A Moody's foi a primeira das três grandes agências de risco a rebaixar a nota de crédito corporativo da Petrobras para grau especulativo.

Segundo a agência, a Petrobras tem elevado risco de refinanciamento diante das condições deteriorantes da indústria que dificultam o aumento de recursos  com a venda de ativos. Condições mais restritas de financiamento das empresas no Brasil e na indústria do petróleo e a geração negativa de caixa da estatalo pasaram, diz a Moody's.

A agência continua a ver uma alta probabilidade de apoio do governo brasileiro à estatal. "Presumimos que a dependência de um calote entre a Petrobras e o governo continua moderada", conclui.

A Petrobras divulgou uma nota informando sobre a decisão da Moody's. A empresa listou motivos citados pela agência para a decisão - piora das condições da indústria do petróleo, dificuldades de realização do plano de desinvestimentos, elevadas amortizações de dívidas nos próximos anos, perspectiva de geração de caixa negativa e preocupação com as investigações em curso relacionadas à Operação Lava Lato.

"A agência ressalta que o crédito da Petrobras é apoiado pelas grandes reservas de petróleo, sua forte presença e importância no mercado brasileiro, expertise tecnológica e potencial de crescimento da produção no longo prazo", destacou a Petrobras.

A avaliação de risco é um sistema de nota desenvolvido por agências de análise de riscos para alertar os investidores de todo o mundo sobre os perigos do mercado ou da empresa que eles escolhem para aplicar seu dinheiro. Entenda como funciona.

agências de classificação de risco Brasil (Foto: Editoria de Arte/G1)

 

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