
Conta a história que, por falta de víveres, Colombo ameaçou os nativos da Jamaica que ia tirar-lhes a Lua. Naturalmente, conhecia a predição de um eclipse para dois dias depois e aproveitou-se da ingenuidade dos indígenas para obter as provisões.
Em astronomia, eclipse (do grego ékleipsis, “desaparecimento”) é o obscurecimento temporário, parcial ou total, de um corpo celeste por outro. Produz-se quando três objectos celestes colocam-se em posição alinhada.
Na mitologia de quase todas as culturas antigas registam-se referências de eclipses como combates de astros contra forças malignas. Os povos primitivos escondiam-se dos eclipses solares e procuravam afugentar presságios funestos com gritos e ruídos de metais durante os obscurecimentos da Lua. Trata-se, pois, de um fenômeno celeste observado desde épocas remotas. Algumas teorias sustentam que o círculo megalítico (feito de grandes pedras) de Stonehenge, nas ilhas britânicas, era utilizado, já no paleolítico, para sua previsão. Testemunhos históricos comprovam que os astrônomos babilônios construíram seu calendário, precursor do actual, com base na periodicidade dos eclipses, a partir de imensa compilação de dados registrados há mais de 2.500 anos. Em tempos mais modernos, os eclipses continuaram a suscitar superstições e temores. Em algumas culturas ainda são interpretados como augúrio de catástrofes e epidemias.
O alemão Johannes Kepler descobriu, no século XVII, que a órbita da Terra ao redor do Sol descreve uma elipse. Esse movimento ocorre num plano (a eclíptica) que se apresenta inclinado em relação ao equador terrestre em um ângulo de 23º27′. A resultante inclinação do eixo da Terra, levemente variável pelas influências gravitacionais dos planetas — principalmente Vênus e Júpiter — explica a diferenciação das estações e a existência dos eclipses.
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